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Wednesday, November 03, 2010

Sobre o email

Por conta daquelas coisas administrativas típicas de lugares onde trabalho, simplesmente se esqueceram de comunicar a àrea de tecnologia e informação da renovação e troca do meu contrato. A primeira surpresa eu tive segunda-feira, às 6:30 da manhã, à porta do prédio. Passei o crachá e uma luzinha vermelha que acende, tipo do acesso negado que com 4 graus lá fora fica ainda mais legal. Ainda bem que sei de cor e salteado o ramal do cidadão que tem a pachorra de chegar antes de mim. Ele, prestativo, veio abrir a porta.

Achei, na minha desencanação, que não tinha feito a papelada para renovar o meu crachá, mas então quando tentei fazer meu login à rede e deu acesso expirado foi que tive assim, uma suspeita do que se desenrolava. E me diga, o que a pessoa faz às 6:30 da manhã sem computador? A pessoa vai organizar aqueles quilos de papéis e necessidades administrativas pendentes, tipo folhas do seguro saúde a serem preenchidas, documentos que precisavam encontrar suas pastas e dar uma limpadinha básica na mesa, depois da sétima mudança de escritório. Não contei? Mudei, de novo. Pois agora conto com uma sala de ministro, tão grande que é. Rola fazer uma partida de ping-pong lá dentro. Vejam bem, o espaço ainda será preenchido por outras possíveis pessoas, mas enquanto não é, brinco de ser magnânima.

Lá pelas 8, depois de vasculhar cada milímetro quadrado de papel, fui procurar algum funcionário da tecnologia para resolver a minha situação. Hora e meia sem computador, sem conexão, e eu já estava em crise de abstinência - já havia neuroticamente telefonado ao 5555 inúmeras vezes. Fui lá no oitavo em busca de alma viva que pudesse me ajudar. Fora o cara do telefone, ninguém dos computadores. A pessoa chegou quando eu descia, já desiludida. Explico o que entendo ser o ocorrido, ao que ele prontamente restabelece a conexão à rede, mas ora vejam, acesso ao meu email, não. Tem que preencher o papel XPTO, pegar meia dúzia de assinaturas, enviar pra Conchinchina e esperar. E pois é, passei 3 dias lendo email no blackberry, que convenhamos, sem poder ler anexos, é uma conexão ao email um tanto fajutinha. No mais, para alguém que datilografa como se estivesse recebendo uma entidade, aquelas teclinhas sob cuidados de meus dedões chegam a ser angustiantes. Fiquei estressada e estressei um monte de gente, pedindo para mandar arquivos, para baixar arquivos, para imprimir arquivos, e, obviamente, fiz umas visitinhas de cara amarrada ao setor de teconologia. Três dias. Hoje, tive uma epifânia e lembrei-me de que sou próxima do chefe daquela bagaça e, ao sair do seu andar, cruzei com o dito cujo no corredor. Resolveu dentro de 5 minutos a parada do email.

E dessas, eu tirei algumas lições: meu blackberry é um dublê fajutíssimo de email, eu sou totalmente viciada em email, e meu fornecedor é um cara que ajeita quando eu preciso.

Agora, caixa de emai limpa, tudo organizado, minha vida pode continuar.

Wednesday, October 20, 2010

Glamurama

Pois então que eu já vim aqui tentar falar de alguma coisa e nada. Do que exatamente vou falar? Quando resolvi escrever sobre a vinda dos meus pais, eles já tinham ido embora havia mais de duas semanas. Depois pensei em comentar sobre a minha vida glamour, mas então pensei novamente, e achei melhor economizar teclado. Não vou ao cinema, minha vida é uma rotina bem braba com esporádicos momentos de calma. Finais de semana passam que nem vi, e que bem importa pra onde fui, se nada é assim, tão relevante senão para que a mim mesma?

Ah, pensei também sobre a final temporada de Lost, a qual acabei de assistir - atualidade mandou beijos. E, sem nem querer adicionar nada a tudo que já foi dito sobre essa tão esperada última temporada, venho clamar que consegui ficar esse tempo todo sem saber nada do final da história - praticamente um êxito pessoal.

Para não dizer que não falei de flores, o frio chegou legal. As montanhas já estão cobertas de neve. Vez ou outra me dou conta da beleza do lugar em que vivo. Não é uma cidade cheia de beleza, mas uma região em que a vista alcança lá longe, e que dá um espetáculo quando o céu limpa e o sol aparece em final de tarde, com lago, montanhas e verde, nessa época de festival de tons de ocre, amarelo e laranja. Desbunde. Minha vida não é glamour, é vero, mas essa paisagem nasceu pra ser estrela.

E falando disso, estava hoje trocando idéia com o chefe no almoço sobre ter um lugar nas montanhas. Eu acho que nós nunca teremos, visto que não somos assim, dados demasiadamente aos esportes de inverno em geral, apesar de curtir um esqui em doses homeopáticas. Mas, quem sabe. Eu vivo me desdizendo, se o fizer mais uma vez, tá tudo igual.

Bem, e são 10 da noite e eu vou glamourosamente fazer naninha, porque amanhã eu levanto no meu horário básico de todo dia. Amém.

Monday, September 06, 2010

Sobre as últimas
A próxima semana será curta, daquelas com feriado totalmente benvindo diante de minhas lamúrias. Não tem sido fácil acordar às 5:30, e não tem sido fácil manter minhas corridas matinais, mas sigo. Por isso que dois dias assim, de final de semana prolongado, serão apreciados em estado de êxtase total de minha parte. Para completar esse mês que passa a jato, dois dias oficiais de férias no outro final de semana - vamos a Paris, à Disney, para alguns dias de "it's a small world after all" com a criançada e os avós.

Falando neles, chegaram por aqui no domingo. Depois de me falarem, e negarem veementemente que o fizeram, que a chegada seria por volta do almoço, lá fui eu pela segunda vez ao aeroporto, no mesmo dia, buscar os véinhos. Que aliás, negam também as próprias idades. Ô gente animada, a cada vez que os vejo me pergunto o que fizeram que continuam nessa animação toda. Os dois monstrinhos estão numa alegria só, meu Zé Mané até chorou na chegada frustrada e ficou na maior antecipação - e desconfiança - para a segunda espera. Adoraram vê-los, foi uma recepção tão fofa por parte dos baixinhos. Fico toda feliz só de lembrar da cena.

E a coisa da semana curta toma bem conta de mim. Estou até mais leve e menos cansada por esses dias, já sob efeito antecipado de feriado. Amanhã pretendo ir correr, se o tempo deixar. Aqui o verão já se intimidou por completo. Os dois chegaram de uma semaninha de Portugal onde tiveram muito calor, muito sol e encontraram aqui um tempinho meio fresco com ares de mudança. A chuva e o tempinho lazarento anunciam o outono já faz algumas semanas.

E no final de semana, vale mencionar, fomos jantar uma mariscada na casa da amiga portuga. No afã de ajudá-la na cozinha, com duas louças suas em uma mão e um saltinho básico nos pés, enganxei meu sapato no porta vinhos e fui com rótula de encontro ao chão. Vale dizer que meus ares de malabarista lhe salvaram a louça, mas espatifei meu joelho, que agora conta com aquele inchaço e tons de verde, púpura e verde. Não creio que vá comprometer a corrida, meu corpo se resilia de uma forma surpreendente - creio que seja a genética, ali em cima exemplificada, que me salva.

Assito agora no Canal Plus, à série Pacífico. Um veinho ronca ao lado, senhorio já foi dormir e Mama mia agüenta comigo, firme e forte, o sangue no tapete.

Monday, August 16, 2010

A grama do vizinho é sempre mais verdinha - mas nem sempre

Como muitos de vcs já sabem, a minha casa é meio que da mãe Joana, um entra-e-sai de gente num vai-e-vem sem fim. Tudo bem, eu gosto de gente, gosto de visitas - salvo aquelas um pouco mais folgadas e sem noção. E, diga-se de passagem, visita, para me incomodar precisa literalmente mudar minha mobília de lugar, fazer listinha do supermercado e me mandar fazer compras ou ignorar o preceito básico de qualquer visita: enquanto na casa dos outros você permance visita, vira dona da casa quando comprar e fizer registro em cartório.

Enfim, essa introdução básica é somente para ilustrar o meu caráter comunitário, de uma pessoa que tem no currículo muitas, mas muitas visitas. E as visitas nâo cessam de me surpreender. Vejam bem, eu nunca fui pra casa dos outros e abri a geladeira sem pedir, salvo na casa da vó, a quem eu avisava que iria pegar um refrigerante na geladeira. Até na casa dos meus pais, que são meus pais, eu limito as demandas: peço, quando cabe, às vezes estico um pouco os limites, mas são meus pais, e enquanto pais, o limite é amplo.

Bem tem uma criançada que vive vindo aqui em casa. São as crianças dos vizinhos. Eu já havia avisado a nossa santíssima au-pair (que se Deus ajudar, ficará conosco por um bom tempo) que há que se manter esse povo europeu em rédea curta. Enquanto por aí corre que a fama brasileira é justamente a do povo folgado, eu replico que povo folgado é esse povo europeu. Alguns deles acham extremamente natural vir na sua casa quando querem e quando lhes dá na telha, mudar seus móveis de lugar, fazer listinha pro supermercado e achar que estão em própria casa sem ter feito registro em cartório - e o exemplo é o mesmo de amigas e amigos que convivem com as famílias e vizinhos europeus. Bem, eu avisei nossa santíssima au pair. AS crianças da vizinhança são uns amores, vêm chegando na maior educação. E como nossa querida santa au-pair estava ainda em processo de exploração de terreno, foi traída por essa doçura - mesmo diante dos meus avisos - e resolveu partir para a investida ela mesma - o que é sempre válido, visto que é provado que um sempre aprende melhor tomando na cabeça.

Entre um abrindo a geladeira pra pegar suco, o outro falando pra ela fazer bolo, o outro desobedecendo instruções e carregando a molecada toda pro trampolim lá fora, o vai-e-vem da casa deles para cá, de cá pra lá, o tocar da campainha incessante, ao bel-prazer e sem consideração alguma sobre a rotina da casa e das crianças da casa, e ainda por cima dando bronca e ameaçando palmadas nos mesmos, ela se encheu com o saco, se espalhou toda e botou a criançada toda pra correr.

Agora ela já entendeu como é esse esquema europeu. Tudo muito regrado, em própria casa, obviamente - na dos outros, nem tanto. Eu juro que não entendo. Prefiro muito mais aquela cordialidade tupiniquim, onde há a aparente abertura juntamente ao respeito pelo espaço alheio. Esse negócio de aparente educação juntamente a avacalhação do espaço alheio, definitivamente, não é comigo.

Monday, August 09, 2010

I love my fan club

Senhorio, assistindo a um filme, me pergunta se aquela ali é a menina do "that 70's show", referindo-se à Mila. E eu, não, homem, essa é a mulher do Tom, a Kate.

Disse o CEO da BP, a empresa mais odiada da atualidade, que ele nunca teve problemas para dormir à noite. O povo caiu matando. A cronista da BBC, Lucy Calloway (or something like that) então fez apologia ao bom soninho que todos os grandes líderes devem ter - senão não teriam energia para serem CEOs. Ela ainda não conheceu meu chefe, que ontem não conseguia dormir e enchia minha caixa de mensagens - eu mesma parei às 11 porque precisava dormir para poder acordar cedo. Cada qual com seus problemas.

Depois de um dia como esse até me sinto aquela atriz que todo mundo reconhece mas ninguém sabe ao certo de onde. 6:30 no trabalho, 7:30 a primeira reunião até a última terminada às 17:00 - até almoço teve direito a pauta. Foi um dia e tanto, zero glamour, só resultado - sangue, suor e lágrimas foram anteriores à apoteose. Ninguém vê o que escorreu por detrás. E possivelmente não verão o que ainda está por vir. E, quem se importa, who gives a f***? Conquanto que ao que se proponha seja atendido, é o que vale quanto pesa.

Nem todo mundo é o que parece ser nem o que parece desgostar. Já foi-se o tempo em que eu achava que o mundo era preto no branco, minha vida é tão cheia de talvez, embora e nem sei que acho desnecessário explicar. Dias como o de hoje vêm corroborar. Para mim o interessante é ver que as loas vêm nesses dias. Nos outros, de noites não dormidas, jornadas de 15 horas e trabalho no final de semana ninguém veio fazer gentileza. E, de passagem, não eram esperadas. ASsim como já se foi o tempo em que me importava com os dardos enviados em minha direção, foi-se o tempo em que elogios me impressionaram. A velhice - dizem alguns maturidade - traz dessas boas: a gente nâo se sente mais chutado, e tampouco alavancado.

Em tempo, isso não quer dizer que meu espírito de porco não venha me ser útil: sou sarcástica por natureza, e se eu já não mais me levo a sério, quiçá os outros. Não posso deixar de rir da cafonice alheia, isso não posso. Então, obrigada pelas risadas.

Sunday, August 01, 2010

My IPod and I

Pois alguns de vcs talvez ainda se lembrem que resisti o quanto pude comprar um IPod, assim como senhorio não sucumbiu ao IPhone por um longo tempo. Eu primeiramente arrumei meu nanno 8 mega, azul há pouco menos de um ano. Ele virou então meu companheiro de corridas e confesso que com ele minhas corridas não mais sofriam do mal de má recepção passível ao meu walkman (sim, um walkman pessoas). Além, obviamente, da qualidade do som que é assim, infinitamente melhor. Algumas semanas atrás, voltei de uma corrida e meu IPod travou, não fazia mais nada. Decepção total. Foi como se tivessem me cortado as pernas, fiquei sem correr, motivação zero. Fui bater numa loja da Apple em Genebra semana passada, meio que na esperança de tentar fazer algo, mas já preparada a desembolsar mais umas centenas de francos para comprar um novo - minhas corridas nunca mais seriam as mesmas sem a compania do meu IPod. Fomos logo abordados por um daqueles moços simpáticos que devem beirar metade da minha idade e que logo se prontificou a nos ajudar. Isso para esse mercado europeu já é um upgrade. Só para dar um elemento comparativo, minha Nikon também quebrou e já faz um mês e meio que está pra ser arrumada. Voltando à loja da Apple, nos colocaram na fila do serviço ao consumidor e ficamos a esperar pela chamada, que não tardou. Olharam o problema, conversaram ali e então para meu embasbacamento total me disseram que dentro de 5 dias era para eu passar para pegar o meu novo IPod.

Hein? Steve Jobs manja de serviço ao consumidor ou o quê?

Se eu não era convertida, agora sou fiel seguidora da Apple. E se eu tenho um Blackberry é só porque sou obrigada pelo trabalho.

Voltei a correr hoje - depois de praticamente 4 semanas não levando a coisa a sério, senti a retomada, corri como uma pata choca. Nessa semana a meta são 4 corridas. A verificar no próximo domingo.

E antes que me vá, hoje é aniversário do cara mais bacana e Zé Mané da face do planeta: ele, meu paizão. Feliz 73, pai!!! SAudades sempre e daqui a pouco nos falamos no telefone!

Tuesday, July 27, 2010

Fora do eixo
Os primos e a tia vieram visitar e já se foram. Nessas, tirei dois dias no trabalho e hoje volto para receber perguntas de como foram as férias. As f-é-r-i-a-s. Acho que tem gente achando que eu sou idiota.

Voltando às visitas, a estadia deles foi muito boa. Após terem percorrido nem sei quantas cidades e países em 17 dias e quase matarem a tia de tanto andar, pararam aqui para alguns dias de nem tanto far niente com um pouco de turismo, em doses homeopáticas. E meus priminhos nunca tinham visto neve. Nós, que moramos do lado do Mont Blanc, botamos a trupe no teleférico e subimos o tal do monte para mostrar a vista e apresentar a tal da neve. Foi bem bacana. O resto dos dias foram naquele circuito básico e o qual sempre fazemos com as visitas, dessa vez não conseguimos ir nem a Thonon e nem a Evian. Domingão rolou um churrasco de pato como despedida. E segunda eles tomaram o rumo de casa.

Os próximos a virem serão meus pais. E eu preciso arrumar férias para mim. Impressionante que nos tais 2 dias desliguei o blackberry e nem cheguei perto do laptop - praticamente uma superaçâo de mim mesma. A vida anda meio desbalanceada, os esportes estão relegados ao esquecimento e eu preciso tomar as rédeas das coisas. Prometido. Inté o próximo post. Possivelmente, algumas coisas terão entrado nos eixos.

Saturday, July 17, 2010

Post capilar

Fiz meu pé, minha mão (ainda não pintei) e meus cachos partem em todas as direções da minha cabeça. Presencio a juba se multiplicar em volumes cúbicos, o cabelo não mais cresce para baixo, mas para todos os lados, desafiando a gravidade. Prometi a mim mesma que não mais submeteria minhas madeixas aos produtos, às chapinhas, e secador nesse calor, nem pensar. E então o cabelo fica assim, numa revolução, que parece que estão tomando a Bastilha no meu couro cabeludo. Agora quando lavo e fico restrita ao recinto familiar, deixo secar ao relento, lentamente os cachos pipocam, fios sobem num caos total e senhorio inevitavelmente me pergunta o que aconteceu comigo. Outro dia me meti a besta e fui ao trabalho com um meio preso atrás, deixando parte da sandice desenvolta e descontrol. O americano jocoso, que sempre faz comentários inapropriados mas inocentes e aos quais sempre respondo com ameaça de levá-lo ao RH para uma sabatina, não resistiu e perguntou se enfiei os dedos na tomada. Ri, porque com os meus cabelos realmente só cabe o riso.
E, na verdade, eu até curto essa histeria capilar. Tem dias em que acho que até concorda comigo e se apresenta mais louco do que de hábito. Testo atualmente uma saraivada de produtos que os deixem, assim, ao menos prozacados, loucos alegres. Essa é a desvantagem de cabelos crespos, passamos a vida tentando domá-los. E isso lhes rende uma falta de praticidade que nem lhes conto. Acordar de manhã para a surpresa que o espelho reserva é minha rotina diária, e vou dizer que não houve um só dia em que o penteado tenha sido repetido. Entre tudo pra cima, tudo pra direita, tudo pra esquerda ou tudo pra frente, existe uma infidável combinação de lados que minha cabeça e meus cabelos possam demonstrar e nessa eu garanto que morrer de tédio, não morro. Posso matar o marido de susto, no entanto. Ora vejam vocês, minha camera pifou e estou até achando que a culpa foi do cabelo - vivo de tirar fotos de mim mesma em malabarismos focais, enquadrar a cabeleira não andava fácil e acho que nessas bati a câmera sem querer. O foco pifou. Faz 3 semanas já que a câmera baixou UTI e até agora nada de novas dos técnicos.
Outro dia até minha fofucha lindinha, que tem os loiros plantinados lisos e escorridos, me perguntou o que foi que havia feito. Ela, que de longe dos seu três anos me faz elogios aos sapatos e às indumentárias. Juro. Acho que espanta, essa juba toda, esse cabelo com ares de vendaval.
Mas, como disse, essa minha fase é desse cabelo mesmo. E apesar de me dar em alguns dias tantas agruras, ele concorda com meu momento. Muita gente se espantou quando, há 8 anos, domei o bicho e tasquei-lhe uma chapinha. Teve gente que nem me reconheceu. Pois agora o choque será o mesmo, ou talvez maior. Tem gente que nunca me viu com o bicho ao natural, tal como o americano de língua solta e coração de menino, e acho que os sustos serão graduais, mas certos.
Condicionadores sem enxague, aqui vou eu.

Saturday, July 10, 2010

Resumo de dias de verão

A vida vôou esse último mês. Entre Copa, sogros, trabalho e aniversário eu confesso que não houve muito tempo para mais muita coisa. A Copa bem monopolizou as noites, dois aficcionados aqui (eu e senhorio) e interesses diversos em jogo (literalmente) serviram para esquentar ainda mais o tal do interesse. O engraçado foi ter ele estabelecido regras para o embate Holanda e Brasil. Disse que para preservar o casamento, não deveríamos comemorar, nem gritar, nem fazer nada quando o time fizesse gol. Eu então assisti muda, calada e impassível quando Robinho fez o 1 a 0. Ao que, disparate, pulou e comemorou quando a Holanda fez 1 a 1 e depois, bem depois ele tentou segurar o riso mas não conseguiu muito. Já deu pra ver que entre preservar casamento e jogo da Copa o segundo leva ampla vantagem. Mas, tudo bem, o casamento resistiu e amanhã eu torço pela Holanda. O mais importante pra mim saiu dessa final: dois times que nunca levaram a taça pra casa. Será a batalha dos virgens, e nessa a meia nacionalidade dos meus rebentos vem pesar - mas não contem a senhorio, ele está certo e seguro de que minhas razões vêm outra ordem. Sei que a Espanha é a grande escolhida de muita gente, nem sei ao certo o porquê, mas acho possa estar relacionado ao joguinho catingado da Holanda e as faltas com direito a expressão das qualidades de atores dos holandeses. Hop, hop Holland!

No trabalho minha vida tem sido muito, muito difícil. Não há horas suficientes nos meus dias, a pressão semana passada foi fenomenal. Mas acho que sobrevivi sem grandes traumas. Pensam que o pior já passou, pois eu digo que o pior só fez começar. O próximo ano será extremamente difícil e complicado. Promessa minha fazer um balando em julho de 2011, isso se eu estiver ainda alive and kicking.

Nessas, minhas corridas viraram esporádicas. Essa coisa minha com esporte é realmente muito doida. Se não faço esporte acho que começo a ter sintomas de abstinência de serotonina, mau-humor, irritação e ansiedade. Tenho que voltar já.

Os dois monstrinhos estão umas figuraças. Zé Mané agora vai à fonaudióloga. E ambos vão ao centro aerée para as férias. Duas ou três vezes por semana. Dentro de 2 semanas, meu primo, a mulher e minha tia (que é tia dele também) estarão por aqui. A tia vai dormir no porão e vou te contar, eu achoque vou dormir lá embaixo com ela : é o lugar mais fresco da casa.

E com esse resumo, finalizo dizendo que verões aqui parecem voar. Daqui a pouco o outono estará despontando na esquina e a saudade dos dias quentes e claros fica até a próxima primavera.

Saturday, June 12, 2010

Penitência
MEio balde de ben & jerry's chocolate fudge depois, e aqui estou para pagar o meu pecado no blog. Só faltava digitar de joelhos. Hoje deu tempo de navegar pela internet, ler notícias velhas, aceitar convites no linkedin, no facebook e ainda constatar que tem gente que me acompanha no Twitter - eu escrevi um parágrafo, logo quando o Twitter abriu e twittar ainda não tinha virado verbo, e ainda tenho gente aparecendo para me acompanhar? é um espanto.

A Dona Maria fala pra caramba, acorda de manhã recitando suas ladainhas que se estendem ao longo do dia e só param quando o cansaço lhe vence e ela dorme. Hoje, senhorio ensinava o Zé Mané a jogar Mario Galaxy (eu digo que estou criando 3) enquanto Dona Maria conversava com o tal do jogo. Aliás, eu, aquela negação em joguinhos que requeiram coordenação digital, adoro assistir ao tal do Mario, fico torcendo e indicando estrelinhas a serem recuperadas. A história é super lúdica, tem sempre um malvado que rapta a princesa e o Mário tem que recuperar 100 estrelas para reestabelecer o equilíbrio do universo e recuperar a moça da coroa, de cabelos louros, vestida de rosa - ou algo assim. Engraçado é o Zé Mané, e sua total falta de locução adequada se animando com o Mario Talaxy.

EStou acabando de ler "The Angel's game" e adorei o livro. ávida por terminá-lo. Deveria tê-lo lido em espanhol, mas não sei se o meu é bom o suficiente.

Vou indo. Amanhã viajo novamente e acabei de enviar um email preparando minha ausência. Agora vou fazer naninha.

PS> acompanho a atual copa meio de soslaio e semana que vem vouperder o jogo do Brasil, provavelmente. :o(

Friday, May 21, 2010

Sumiço blogal

Eu juro que já tentei escrever alguns posts, mas o cansaço, ou a preguiça ou simplesmente a falta de vontade me vencem e lá vou eu recomeçar tudo outra vez. Eu ando realmente numa ladainha com esse blogue, um te amo mas não te quero infinito. Creio que nossa relação vá ficar assim por algum tempo.

A vida mudou muito para mim ultimamente, por conta de coisas que quem sabe, sabe, que não sabe, pode perguntar. E então que o tempo que já era escasso virou ínfimo. Nessas, eu tento bravamente manter minha sanidade, minhas corridas e, sobretudo, a minha calma. Vez ou outra eu falho mesmo, mas ao menos reconheço que ando muito atenta.

Sei que vai soar assim, muito idiota, mas essa minha vida atualmente regrada foi resultado de uma reflexão intensa em um programa de desenvolvimento pessoal e de liderança. E eu sei que vai soar ainda mais idiota, mas tenho que reconhecer que isso aconteceu no momento exato em que tinha que acontecer. É como se todas as engrenagens estivessem a postos para que pudesse ser dada a partida, e o click veio justamente logo após a última parafuseta ser apertada.

Sinto-me mais no controle das coisas e o período atual de teste tem sido de fogo. É verdade, não tenho tempo algum de mandar meus emails pentelhos a amigos desaparecidos, de viver imprevistos ou de programar o acaso. Não, ultimamente, tudo aqui tem que ser regrado, planejado e acordado. Então, eu planejei que vou correr, no mínimo, 3 vezes por semana. Durante essa última semana baldeei por lugares diferentes, e meu par de tênis estve sempre comigo. Na quarta-feira tive um jantar que foi até tarde e acabei encarando um hotel bem pra lá de meia-noite. Coloquei o alarme pras 5:30, mas tendo em vista o que tinha que fazer naquela manhã e meu nível de cansaço, ponderei ao som do alarme e resolvi dormir mais uma hora. A corrida aconteceu no dia seguinte, sem choro nem vela.

Esse ritmo aparentemente espartano me trouxe muitos benefícios, mas sobretudo uma diminuição do meu stress aparente. Apesar de gostar de caos, vivo bem quando instalo rotinas e ganho sensação de controle sob alguns aspectos. O caos é preciso, as rotinas também. Cada qual tem seu lugar e espaço em minha vida.

MAs, verdade seja dita. Acordar às 5:30 é uma merda sem tamanho. Dormir até às 11 é meu atual sonho de consumo.

Saturday, May 08, 2010

De tudo um pouco
- Dona Maria foi pra escola. Chorou - porque tinha que ir embora.
- Minha vida anda assim, muito, muito atribulada mesmo. Mas, estou conseguindo correr. Finais de semana e durante a semana. O programa semanal é meio de índio, acordo às 5:30 todo santo dia e rumo pro trabalho. Vou correr em volta do lago, cedinho e então tomo banho por lá mesmo. O duro foi essa semana, fez um frio do cão. Mas nada como botar o estresse pra fora pelos pés. E melhor ainda não ter trânsito matinal algum.
- Nossa nova au-pair é saidíssima. Já tem mil programas acertados. Além de cuidar das crianças, virou nossa RP. Relaçôes públicas.
- Final de semana que vem, prolongado. Vamos dar uma passeada. Amém.
- E minha sobrinha linda nasceu ontem. Meu irmão e minha cunhadinha completaram o time de netos dos meus pais com um balanceamento perfeito: cada um de nós tem um menino e uma menina. A fofinha chegou bem no padrão da D. Maria: gorduchinha. Uma coisa linda. Estou morrendo de vontade de pegá-la no colo! SAudades, também, muitas, dos meus queridos. Essa vida de expatriada tem dias que deixa um gostinho amargo.

Thursday, April 15, 2010

Verde-limão

Andava meio entediada dos cinzas, pretos, marrons e essas cores que sempre povoam os armário invernais. Tive um ataque anos 80 e, sem botar gel no cabelo, saí de casa portando uma blusinha verde-limão, que com minha calça risca de giz e minhas lindas sapatilhas de lantejoulinhas pretas ficou o uó. Primavera, aqui cheguei, bem cheguei mesmo. Botei um casaco de lã cinza e rumei para o trabalho.

Como anda um calor dos infernos no escritório, acabei por tirar o casaco lá pela manhã. Rumei para uma reunião e, então, o sistema de comunicação interno começa a apitar e a mensagem "Por favor, dirijam-se para fora do prédio, sigam instruções dos líderes dos andares".

Agora, me conta, qual é a chance de um cidadão de ter um treinamento de evacuação do prédio no qual as pessoas designadas para serem os líderes de cada andar usarem um jalequinho verde-limão justamente no mesmo dia em que tem um ataque de anos 80? Me diz?

Não, eu não sou líder de brigada de incêndio, obrigada.

Wednesday, March 24, 2010

Back to glamour

Chegando semana passada fui limpar a geladeira e a lavanderia - resultados dos ocupantes preguiçosos. Organizei meu armário, passei roupa, para ficar com essas coisas em dia. Fui fazer compras, enfrentar cozinha (torta, sopa, jantar, blablablá), organizar a vida das crianças, ensinar o be-a-bá pra nova au-pair. Sogra chegou no sábado. Ao menos deu pra malhar no final de semana. Domingo rolou uma comemoração antecipada do aniversário da Dona Maria. Segunda, levo senhorio ao aeroporto e enfrento o primeiro dia de trabalho e loucura. Novidades, mas seguramente mais trabalho. 2010 começou nessa semana pra mim, aquela promessa ano passado de mais conquistas já chega. Chego em casa e organizo um jantar melhores momentos - tudo que sobrou do final de semana. Tenho que terminar um milestone de um projeto e durmo mal. Terça madrugo, saio de casa antes das 6, trabalho, termino, ufa, entrego. Au-pair está doente, ainda bem que a sogra está lá de backup. À noite, Zé Mané tem piti e depois de muita conversa e deliberação, se acalma. Vou dormir cedo, ou tentar, senhorio me liga depois que consegui dormir. Sogra tem que estar no aeroporto às 5 da manhã. Acordo às 4. Deixo a sogra no aeroporto às 5. Estou no trabalho às 5:15.

E hoje é só quarta-feira.

Saturday, March 20, 2010

Updeite brogal

Ai, ai, ai, eu sei, eu sei, um mês, nem sei quantos sapatos e muitas veias queimadas depois, estou de volta. Meu lugar não é aqui, mas a gente vai levando. Fui pro Brasil, voltei, a vida andou assim, agitadíssima. Mal creio que o trabalho bate à minha porta, fiquei em estado de nirvana total. Enquanto no Brasil, fiz massagem, corri, vi amigos e não saí da casa dos meus pais. Senhorio gostaria de ter ido ao Rio, mas quem disse que conseguiu convencer o monte aqui? Nem com reza braba. Aliás, o monte anda mais magro, desde janeiro, minhas investidas deram muito resultado. Não vou entrar em cifras, mas brado com muito orgulho que sem me restringir, sem parar de comer doces ou tomar uma cervejinha, eu estou a caminho do meu peso, como diz uma amiga minha, de solteira. Eu era magrelinha, ando só magra, um dia chego a magrelinha de novo - talvez.

Vi até a cerimônia do Oscar, depois de milanos sem assistir. Foi chata pra ca**lho, confesso. Vi Avatar, The Hurt Locker, Inglorious Basterds e Up, e desses achei que Avatar merecia. Nem tanto pela história, um tanto previsível, mas pela revolução cinematográfica a que se propôs. Fiquei feliz que pela primeira vez na história uma mulher tenha ganho o prêmio de melhor direção, mas não nego que achei que a Academia estava de birra com a historia dos americanos usurpadores e quiseram premirar uma visão um pouco mais establishment. Enfim, a Bigelow fez história, e fico feliz pelo marco.

E o que falar do Brasil? Que todo mundo morre de calor menos eu? Que sapato lá é barato? Que meu sobrinho está a coisa mais fofa? Que a Dona Maria pegou amor no bebê? É tanto clichê, mas é tão cheio de lugares-comuns que só pode realmente ser especial a mim. Não há como ser diferente.

Agora estou de volta. Já cheguei fazendo arrumação, dando uma geral nessa casa, jogando coisa fora, colocando as novas nos lugares e tocando. Fiz 5 anos (!!!!) de comunhão parcial de bens, minha nossa, parece que foi ontem - mas não foi. Tirei muitas fotos, as crianças foram pra natação. O tempo urgiu. E acabou. Agora é retorno à vida normal.

Friday, February 19, 2010

Malas

Minha última viagem, que foi na última semana, contou com mais um episódio desaparecimento da minha mala. Depois vêm me recriminar que ando com mania de perseguição. Hoje embarco novamente, e a minha pergunta é, obviamente, se minha mala vai junto ou se vão chutá-la pra fora da esteira.

E falando em viagem, será que alguém vai fazer um investimento na infra-estrutura do aeroporto de Guarulhos? Tá certo, não conheço assim, todos os aeroportos moribundos desse mundo, mas poxa vida, de todos os aeroportos em que estive, o de Guarulhos está, seguramente, no Low 2. Dentre as razões, aqui vão as minhas:
- A imigração é uma coisa ridícula de lenta. Quando chega mais do que um vôo grande, gringo amarga ali uma hora de fila.
- A área do check-in é uma zona sem fim. Sei que a Tam colabora para a desorganização geral, mas custaria garantir um pouco mais de corredor e um pouco menos de gente: ou seja, novo portão, já.
- Me sinto nas trevas na área de check-in, um breu.
- A área das esteiras é ridícula, não tem outra descrição. Primeiro que vc vê os carregadores de malas jogando as coisas pelo buraco. Segundo, que tem duas esteiras. 2 , D-U-A-S. Alguém entende? Imagine, 2 vôos, 200 pessoas por vôo, aquilo vira terra de ninguém e seja o que Deus quiser. E olha que brasileiro é relativamente educado, se fosse na França, aquilo certamente viraria terreno de rugby.
- A área de espera não tem absolutamente nada pra fazer, nada. São minúsculas, pequenas, e nego quase que se mata por uma cadeira. Não há conexão entre um portão e outro, o que quer dizer que um corredor é tudo ao que vc tem acesso.

O aeroporto de Luxor é, para mim, o pior aeroporto já visitado. Só faltou ver galinha no meio da pista de pouso.

Thursday, February 18, 2010

Novidade velha
Eu queria receber um, unzinho email que não seja spam ou trabalho. E que seja surpresa, daquelas inimagináveis. Outro dia, uma amiga que não vejo há 3 anos ligou aqui em casa. Confirmando que vai me ver no meu aniversário, dessas coisas surreais. E a surpresa assim é tão boa. Acho que à medida em que a vida avança, vive-se tanto de planos, rolos, comprometimentos que se perde um pouco da espontaneidade. Quando aparece é pra trazer desgraça, portanto a natural resistência senil às mudanças - só pode ser. Minha mãe é uma condicionada à má notícia. Lembro uma vez em que apareci lá na casa deles sem que ela soubesse. A primeira reação foi perguntar o que aconteceu, quem morreu ou quem se separou.

Eu não quero virar uma velha chata e alheia ao mundo que muda. Se eu não gosto de ter o último brinquedo tecnológico, ou se o conteúdo do meu closet seja digno de mostra pré-histórica, meros detalhes. Gosto de gente nova, que volta e que aparece, e gosto de um tanto de coisas novas, com cheirinho de plástico não utilizado.

PS> Depois dos dias passados em aviões da última semana, lá volto eu amanhã.

Friday, February 05, 2010

Vintage

Essa coisa de roupa velha agora virou vintage. Pois eu digo que eu, então, sou um ícone da moda. Não sei ao certo o que me faz guardar minhas roupas por tanto tempo, mas deve ter alguma coisa a ver com a minha genitora. Em outras épocas, eu herdava dela. Por exemplo, tenho uma blusa com uma gola grande, de inverno, em lã, que era da minha mãe. Outro dia vim trabalhar com ele, a coisa é com certeza mais velha do que eu e deve ter assim, uns 40 anos fácil. Usei muito, muito, muito, e ela não fez bolinhas, não encolheu, uma coisa a performance em endurance da bichinha. MAs, naquele dia, a minha amiga portuga, assim que me viu tirar meu casaquinho de couro de, hum, 10 anos, me avisou que a tal da blusa estava assim, com um buraco no cotovelo. E se vcs pensam que a joguei no lixo, nananinanão - cortei as mangas.

Essa semana eu reencontrei uma saia-calça (nem sei se o termo ainda é utilizado) que havia trazido numa dessas viagens do Brasil e que me pertence desde, hum, meus 14 anos. Sem gozação. A saia-calça tem 22 anos, indo pra 23, sob domínio meu. É da Forum, essa marca que virou ícone nacional. Acho que quando a comprei, foi no Rio, visto que em Sampa a Forum nem existia. Pois então, aqui saias-calças e bermudas em geral, para o inverno, com meias grossas, bota e coisa e tal voltaram à moda. E eu resolvi experimentar a bichinha, que caiu feito uma luva. Meti uma camisa, um casaquinho, meia-calça e sapato (ficou meio estranho com bota de cano alto, achei eu, pelo movimento da saia-calça) e vim trabalhar. Recebi vários comentários durante o dia, sobre minha elegância. Dei full disclosure , meu nome é transparência, pra todo mundo, e contei da tal da saia-calça já ter atingido maioridade.

Alguns vão se perguntar como posso entrar numa roupa de quando tinha 14 anos. Veja bem, aos 14 já tinha esses 1.78m que me pertencem, e como nadava muito na época, não era franzina, como adolescentes de 14 anos geralmente são. Ninguém nunca me deu 14 anos. Acho que pulei dos 10 diretamente para os 18.

Parei pra pensar, abri a porta do meu armário pra verificar quantas peças de museu eu tenho. E eu tenho muita, muita roupa com, por exemplo, mais de 10 anos. hoje mesmo, vim trabalhar com um casaquinho de couro que deve ter, hum, uns 12 pra 13 anos. A minha bota preta que está no meu pé no momento tem, sem pestanejar, uns 11. A calça eu comprei há 2 anos, razoável. A camisa preta eu herdei da sogra, porque não mais lhe servia. E a echarpe ganhei ano passado de uma amiga.

Pensei em fazer um blog como o da Cristiana, um Hoje eu vou assim, mas mostrando toda a quinquilharia que tenho, quantas coisas que resistem ao tempo e ao passar da moda. Porque, seguramente, eu uso sempre peças que já têm certa idade. E a moda muitas vezes reinventa a si mesma, renova com o passado, e mistura coisas antigas com a modernidade.

Mas aí, eu penso de novo e vejo que vai ficar mesmo na vontade. Tempo, não tenho. Mas prometo que em breve, publico umas fotos pra mostrar as minhas pecinhas de museu.

Sunday, January 31, 2010

Sobre nada

- Tive o ímpeto de passar o aspirador de pó no carro de senhorio, logo após voltar da piscina com os monstrinhos, e enfiei a porta na minha testa. Achei que fosse levar ponto, tamanha a pancada. MAs virou só uma pequena úlcera que começa a mudar de cor e a se espalhar numa multitude de tons de verde por minha testa. Pois é, sou Pollyana até nessas horas.

- Depois de mais de mês sem encontrar tempo, finalmente rolou uma pedicure. A santa au-pair e mani / pedicure de plantão perguntou, que cor vc vai passar? Vermelho, rojo sangre! respondi. Fica tão bontinho. Só assim para eu ir com a cara do meu pé.

- Ontem fomos à casa de amigos, para um get together. Rolou um quiz sobre filmes, músicas e coisas assim. Eu e meu amigo/ colega nas horas vagas passamos o rodo na história, não teve nem graça. Senhorio até que não fez feio, mas como estava no time adversário e era o único dando conta do recado, tomou a maior lavada. Seu consolo foi ter ganho a partida de dardo anterior ao quiz, mas essa eles ganharam por 10 míseros pontinhos. SAímos de lá depois da 1, fomos dormir depois das 2, acordei às 7 - senhorio usou a desculpa do fortíssimo resfriado que o acometeu. Ganha o quiz, perde o soninho da manhã. Algo me diz que há algo errado no equilíbrio do meu cosmos.

- E o item anterior me pôs pensando nas férias, que agora chegam a galope. Quando poderei ficar acordada até tarde, tarde, tarde sem ter que pensar na hora em que vou ter que me arrastar pra fora da cama à força. Amém. Espora nesse cavalo, que venham as férias.

Monday, January 25, 2010

PS> minha nossa, como meu português está sofrível. Não consigo concaternar uma idéia coerente! Minha gente, o meu motivo de orgulho pessoal desceu pelo ralo do desuso e me transformou em meia (de metade mesmo!) iletrada, sem domínio responsável e mínimo de minha própria língua.

Que horror. Preciso voltar a escrever. Senão, daqui a pouco, volto eu mesma à Idade da Pedra para me comunicar em grunhidos, o que seria uma reflexão mais honesta de minha capacidade de domínio sobre minha língua materna

PS2> minha genitora deve estar me retirando de seu legado, asseguro-lhes.

PS3> isso só pode ser encosto.

PS4> Será que vão pedir meu diploma universitário de volta? Sou uma vergonha para a classe.

PS5> só sei escrever em PSs, deu pra perceber o nível de imprestabilidade?