Monday, August 09, 2010

I love my fan club

Senhorio, assistindo a um filme, me pergunta se aquela ali é a menina do "that 70's show", referindo-se à Mila. E eu, não, homem, essa é a mulher do Tom, a Kate.

Disse o CEO da BP, a empresa mais odiada da atualidade, que ele nunca teve problemas para dormir à noite. O povo caiu matando. A cronista da BBC, Lucy Calloway (or something like that) então fez apologia ao bom soninho que todos os grandes líderes devem ter - senão não teriam energia para serem CEOs. Ela ainda não conheceu meu chefe, que ontem não conseguia dormir e enchia minha caixa de mensagens - eu mesma parei às 11 porque precisava dormir para poder acordar cedo. Cada qual com seus problemas.

Depois de um dia como esse até me sinto aquela atriz que todo mundo reconhece mas ninguém sabe ao certo de onde. 6:30 no trabalho, 7:30 a primeira reunião até a última terminada às 17:00 - até almoço teve direito a pauta. Foi um dia e tanto, zero glamour, só resultado - sangue, suor e lágrimas foram anteriores à apoteose. Ninguém vê o que escorreu por detrás. E possivelmente não verão o que ainda está por vir. E, quem se importa, who gives a f***? Conquanto que ao que se proponha seja atendido, é o que vale quanto pesa.

Nem todo mundo é o que parece ser nem o que parece desgostar. Já foi-se o tempo em que eu achava que o mundo era preto no branco, minha vida é tão cheia de talvez, embora e nem sei que acho desnecessário explicar. Dias como o de hoje vêm corroborar. Para mim o interessante é ver que as loas vêm nesses dias. Nos outros, de noites não dormidas, jornadas de 15 horas e trabalho no final de semana ninguém veio fazer gentileza. E, de passagem, não eram esperadas. ASsim como já se foi o tempo em que me importava com os dardos enviados em minha direção, foi-se o tempo em que elogios me impressionaram. A velhice - dizem alguns maturidade - traz dessas boas: a gente nâo se sente mais chutado, e tampouco alavancado.

Em tempo, isso não quer dizer que meu espírito de porco não venha me ser útil: sou sarcástica por natureza, e se eu já não mais me levo a sério, quiçá os outros. Não posso deixar de rir da cafonice alheia, isso não posso. Então, obrigada pelas risadas.

1 comment:

Ma said...

Hohoho, acho que sei o endereço das farpas. Muito pior é ser mal resolvida, não é mesmo? BJ