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Wednesday, November 03, 2010

Sobre o email

Por conta daquelas coisas administrativas típicas de lugares onde trabalho, simplesmente se esqueceram de comunicar a àrea de tecnologia e informação da renovação e troca do meu contrato. A primeira surpresa eu tive segunda-feira, às 6:30 da manhã, à porta do prédio. Passei o crachá e uma luzinha vermelha que acende, tipo do acesso negado que com 4 graus lá fora fica ainda mais legal. Ainda bem que sei de cor e salteado o ramal do cidadão que tem a pachorra de chegar antes de mim. Ele, prestativo, veio abrir a porta.

Achei, na minha desencanação, que não tinha feito a papelada para renovar o meu crachá, mas então quando tentei fazer meu login à rede e deu acesso expirado foi que tive assim, uma suspeita do que se desenrolava. E me diga, o que a pessoa faz às 6:30 da manhã sem computador? A pessoa vai organizar aqueles quilos de papéis e necessidades administrativas pendentes, tipo folhas do seguro saúde a serem preenchidas, documentos que precisavam encontrar suas pastas e dar uma limpadinha básica na mesa, depois da sétima mudança de escritório. Não contei? Mudei, de novo. Pois agora conto com uma sala de ministro, tão grande que é. Rola fazer uma partida de ping-pong lá dentro. Vejam bem, o espaço ainda será preenchido por outras possíveis pessoas, mas enquanto não é, brinco de ser magnânima.

Lá pelas 8, depois de vasculhar cada milímetro quadrado de papel, fui procurar algum funcionário da tecnologia para resolver a minha situação. Hora e meia sem computador, sem conexão, e eu já estava em crise de abstinência - já havia neuroticamente telefonado ao 5555 inúmeras vezes. Fui lá no oitavo em busca de alma viva que pudesse me ajudar. Fora o cara do telefone, ninguém dos computadores. A pessoa chegou quando eu descia, já desiludida. Explico o que entendo ser o ocorrido, ao que ele prontamente restabelece a conexão à rede, mas ora vejam, acesso ao meu email, não. Tem que preencher o papel XPTO, pegar meia dúzia de assinaturas, enviar pra Conchinchina e esperar. E pois é, passei 3 dias lendo email no blackberry, que convenhamos, sem poder ler anexos, é uma conexão ao email um tanto fajutinha. No mais, para alguém que datilografa como se estivesse recebendo uma entidade, aquelas teclinhas sob cuidados de meus dedões chegam a ser angustiantes. Fiquei estressada e estressei um monte de gente, pedindo para mandar arquivos, para baixar arquivos, para imprimir arquivos, e, obviamente, fiz umas visitinhas de cara amarrada ao setor de teconologia. Três dias. Hoje, tive uma epifânia e lembrei-me de que sou próxima do chefe daquela bagaça e, ao sair do seu andar, cruzei com o dito cujo no corredor. Resolveu dentro de 5 minutos a parada do email.

E dessas, eu tirei algumas lições: meu blackberry é um dublê fajutíssimo de email, eu sou totalmente viciada em email, e meu fornecedor é um cara que ajeita quando eu preciso.

Agora, caixa de emai limpa, tudo organizado, minha vida pode continuar.

Monday, August 09, 2010

I love my fan club

Senhorio, assistindo a um filme, me pergunta se aquela ali é a menina do "that 70's show", referindo-se à Mila. E eu, não, homem, essa é a mulher do Tom, a Kate.

Disse o CEO da BP, a empresa mais odiada da atualidade, que ele nunca teve problemas para dormir à noite. O povo caiu matando. A cronista da BBC, Lucy Calloway (or something like that) então fez apologia ao bom soninho que todos os grandes líderes devem ter - senão não teriam energia para serem CEOs. Ela ainda não conheceu meu chefe, que ontem não conseguia dormir e enchia minha caixa de mensagens - eu mesma parei às 11 porque precisava dormir para poder acordar cedo. Cada qual com seus problemas.

Depois de um dia como esse até me sinto aquela atriz que todo mundo reconhece mas ninguém sabe ao certo de onde. 6:30 no trabalho, 7:30 a primeira reunião até a última terminada às 17:00 - até almoço teve direito a pauta. Foi um dia e tanto, zero glamour, só resultado - sangue, suor e lágrimas foram anteriores à apoteose. Ninguém vê o que escorreu por detrás. E possivelmente não verão o que ainda está por vir. E, quem se importa, who gives a f***? Conquanto que ao que se proponha seja atendido, é o que vale quanto pesa.

Nem todo mundo é o que parece ser nem o que parece desgostar. Já foi-se o tempo em que eu achava que o mundo era preto no branco, minha vida é tão cheia de talvez, embora e nem sei que acho desnecessário explicar. Dias como o de hoje vêm corroborar. Para mim o interessante é ver que as loas vêm nesses dias. Nos outros, de noites não dormidas, jornadas de 15 horas e trabalho no final de semana ninguém veio fazer gentileza. E, de passagem, não eram esperadas. ASsim como já se foi o tempo em que me importava com os dardos enviados em minha direção, foi-se o tempo em que elogios me impressionaram. A velhice - dizem alguns maturidade - traz dessas boas: a gente nâo se sente mais chutado, e tampouco alavancado.

Em tempo, isso não quer dizer que meu espírito de porco não venha me ser útil: sou sarcástica por natureza, e se eu já não mais me levo a sério, quiçá os outros. Não posso deixar de rir da cafonice alheia, isso não posso. Então, obrigada pelas risadas.

Saturday, July 10, 2010

Resumo de dias de verão

A vida vôou esse último mês. Entre Copa, sogros, trabalho e aniversário eu confesso que não houve muito tempo para mais muita coisa. A Copa bem monopolizou as noites, dois aficcionados aqui (eu e senhorio) e interesses diversos em jogo (literalmente) serviram para esquentar ainda mais o tal do interesse. O engraçado foi ter ele estabelecido regras para o embate Holanda e Brasil. Disse que para preservar o casamento, não deveríamos comemorar, nem gritar, nem fazer nada quando o time fizesse gol. Eu então assisti muda, calada e impassível quando Robinho fez o 1 a 0. Ao que, disparate, pulou e comemorou quando a Holanda fez 1 a 1 e depois, bem depois ele tentou segurar o riso mas não conseguiu muito. Já deu pra ver que entre preservar casamento e jogo da Copa o segundo leva ampla vantagem. Mas, tudo bem, o casamento resistiu e amanhã eu torço pela Holanda. O mais importante pra mim saiu dessa final: dois times que nunca levaram a taça pra casa. Será a batalha dos virgens, e nessa a meia nacionalidade dos meus rebentos vem pesar - mas não contem a senhorio, ele está certo e seguro de que minhas razões vêm outra ordem. Sei que a Espanha é a grande escolhida de muita gente, nem sei ao certo o porquê, mas acho possa estar relacionado ao joguinho catingado da Holanda e as faltas com direito a expressão das qualidades de atores dos holandeses. Hop, hop Holland!

No trabalho minha vida tem sido muito, muito difícil. Não há horas suficientes nos meus dias, a pressão semana passada foi fenomenal. Mas acho que sobrevivi sem grandes traumas. Pensam que o pior já passou, pois eu digo que o pior só fez começar. O próximo ano será extremamente difícil e complicado. Promessa minha fazer um balando em julho de 2011, isso se eu estiver ainda alive and kicking.

Nessas, minhas corridas viraram esporádicas. Essa coisa minha com esporte é realmente muito doida. Se não faço esporte acho que começo a ter sintomas de abstinência de serotonina, mau-humor, irritação e ansiedade. Tenho que voltar já.

Os dois monstrinhos estão umas figuraças. Zé Mané agora vai à fonaudióloga. E ambos vão ao centro aerée para as férias. Duas ou três vezes por semana. Dentro de 2 semanas, meu primo, a mulher e minha tia (que é tia dele também) estarão por aqui. A tia vai dormir no porão e vou te contar, eu achoque vou dormir lá embaixo com ela : é o lugar mais fresco da casa.

E com esse resumo, finalizo dizendo que verões aqui parecem voar. Daqui a pouco o outono estará despontando na esquina e a saudade dos dias quentes e claros fica até a próxima primavera.

Thursday, August 27, 2009

Canicule d''été
Férias de verão são sagradas por essas terras européias. Quando eu digo que não tirei nem um diazinho durante esses meses de sol, calor e férias escolares, parece que cometi sacrilégio: "como assim, não tirou férias no verão?" Ou então, as pessoas fazem caras de pena e condescendência e dizem, "ah... mas que chato!". E a verdade, que pode parecer um tanto bizarra para esse povo daqui, é que nós conscientemente tomamos a decisão de não tirar nem um diazinho de férias no que são aqui chamados como OS meses das férias.

E bem que, bem, a gente até que não é tão lerdinho.

Pra começar, é bom estar por essas terras enquanto está calor. Os finais de semana são amplamente aproveitados, mesmo os dias de trabalho têm efeito prolongado, já que a luz domina lá fora até bem tarde. Zé MAné, que agorâ está de férias da escola, pode ir dormir mais tarde, assim prolongando um pouco o período em que ficamos juntos em dias normais de labuta. Dona Maria, por conseguinte, a mesma coisa. O trânsito melhora horrores - já estou tendo ataques de ansiedade de pensar naquela lentidão que dominará nossas vidas na próxima semana. No trabalho, tudo toma ares de preguiça, e todo mundo pega um ritmo bahiano (sem ofensas, por favor) de pegar no pesado. As pessoas somem, o que por assim dizer, faz com que a demanda por coisas sempre urgentes e em alta prioridade junto desapareçam. Os chefes partem de férias - tudo fica meio em suspenso, em slow motion. A vida por esses dias, mesmo que tomada pela rotina, pelos afazeres, não é sentida como tal e nem aquela constante sensação de falta de tempo aparece pra agoniar. Tudo, dias longos, férias escolares, gente que some do escritório, gente que some das ruas, influi para que a vida normal pareça ser mais leve, mais confortável.

E assim, agosto passa e traz setembro, e setembro recomeça a loucura passados os primeiros dias de hello e catching up com as novidades estivais. Esperto é meu amigo e colega, que vai sair justamente na segunda semana. Vai madnar todo mundo se estressas por conta enquanto ele, bem longe do frenesi, vai então curtir suas férias...

Para nós, ainda vai demorar um pouco, mas algo me deixa feliz em pensar que estarei longe naqueles meses tão cheios de escuridão e frio. De certa forma, quem ri no calor enquanto o resto fica no frio, ri melhor.

Friday, July 24, 2009

Notas - e anotações
A semana vôou - maravilha de sexta-feira.
ASsisti a Che, primeira parte, e gostei muito - tenho que assistir à segunda.
Minha mesa da sala chegou, montá-la-ei eu mesma, e sem ajuda de senhorio, este final de semana - eu adoro mesóclises, pena que estão em desuso.
Tive minha discussão de meio de ano, tanto com o chefe como como chefe - deu pra entender?
E o povo aqui já fala sobre plano de continuidade caso a pandemia assim imponha - ando achando tudo meio exagerado, mas parece que não.
Hoje, meu rádio foi pedido aqui na nossa unidade e assim que ligo, tá tocando "what a feeling", música-tema de Flashdance. Os três babacas aqui começaram a cantar de microfone improvisado nas mãos. Sim, meus caros. Quando começarmos a dançar e cantar, declararei que minha vida virou, ofcialmente, musical da Broadway - até eu tenho minha dose de glamour e lantejoula.

Friday, July 17, 2009

Dungeons
Estive fechada e circunspecta a mundos subterrâneos por esses últimos dias. Conferências em hotéis são geralmente nessas salas, sem janelas nem luz do dia. Ouvi uma vez que essa seria a técnica dos cassinos para apregoar pessoas - como perdem a noção do tempo por não verem luz do dia, tarde ou noite. Sinto-me um pouco da mesma forma, mas hoje já é sexta e amanhã é o último e derradeiro dia. Vôo somente no domingo de manhã por ausência de vôo no sábado. Se pudesse, iria. A saudade bate aqui, dos meus dois monstrinhos, de senhorio, e até de minha casa que mais parece obra pública - atualmente, temos a varanda em pé de acabamento e o teto do primeiro andar em vias de ser refeito. De nossa au-pair também, por sua doçura.

Falando nela, ontem tive que acalmá-la ao telefone. Aparentemente, meu hooligan de filho deu uma bicuda na boca de minha gordinha, naquelas rixas infantis sem sentido. Nossa querida au-pair chorava cântaros ao telefone, culpada que se sentia pelo ocorrido e em como ela talvez pudesse ter evitado. Dei-lhe um sumo relato de todas as minhas cicatrizes e de como algumas delas tiveram influência dos meus irmãos, e uma em específico, que foi resultado de um tamanco de nossa genitora teleguiado à minha testa. Tomei cinco pontos. As idades passam, as brigas evoluem e finalmente vão-se para ficar no passado, abrindo então espaço para uma grande amizade e um carinho sem limites. E não, não houve traumas. ASsim a consolei, espero, já que a deixei em estado bem mais calmo do que a encontrei. TEnho ganas, no entanto, de ver o estrago que meu filho fez. E de dar-lhe mais uma dura, dentre as muitas recebidas. Entender que quizumbas acontençam é uma coisa, estar de conivência é outra.

E aqui estou, nesse minutos finais. Uma ansiedade meio que me toma, não sei ao certo porque. Queria que ela fosse embora, mas acho que terei que esperar até domingo.

Wednesday, July 15, 2009

Topline
- Então que andei tirando umas fotos que foram parar na homepage da intranet de onde trabalho. E aí que quando foram dar os créditos das fotos, na primeira eu virei algo como Abkratos, o que me deu uma allure grega. No segundo dia, outra foto, e então me colocaram no plural : Abiratos. A brincadeira toma amplitudes, visto que agora aguardo pela próxima publicação (se é que acontecerá) e qual será a nova versão para o meu sobrenome que darão.
- A vida é tomada por uma preguiça quando se pode dormir sem hora pra acordar. Esse último final de semana, saí da cama lá pelas 9 no domingo, uma coisa extradordinária, sobretudo considerando que havia acordado às 6.
- Não foi o caso dos últimos dias, desde segunda que estou num frenesi de trabalho, trabalho, trabalho. E a vida então toma ares de seriado de tv - um sketch seguido de outro. Até à hora de ir pra cama.
- E descobri que sou uma em 600.000 - a vida tem estranhas maneiras de nos informar...
- E a saudade que toma conta de mim no presente, da família que está por todos os lugares, longe. A vida, tem dias, que parece ocupada, mas oca.

Friday, July 03, 2009

Ortografia jurássica
Eu não falei da revisão ortográfica até hoje, e como se pode perceber, continuo a escrever acentuando paroxítonas terminadas em ditongo crescente e metendo crases onde devo. Analisando a coisa toda muito friamente, acho que seria aceitável dizer que sou uma dinossaura, que o movimento da humanidade traz as mudanças, e eu fico parada no tempo. Tudo bem, apesar de ser relativamente antenada nas últimas do mundinho tecno-pop eu confessadamente não gosto de jogar video game, não tenho ipod (mas acho que lentamente me convenço da idéia) e ainda não me liguei no tal do Twitter. E eu não ligo. É verdade que o uso da língua vem como norma imposta, bem ao estilo de legislação penal. Mas eu já prestei vestibular e não tenho que provar meus recursos gramaticais ou lingüísticos a quem quer que seja. Imagine, eu, aos 36 anos, ter que fazer revisão de regras da língua portuguesa diante de trabalho, casa, filhos, sogros, chefes e o raio que o parta a minha frente. Hum... I don't think so. O que quero dizer é que eu não tenho nada contra a revisão ou evolução da língua portuguesa. Eu simplesmente não tenho disposição e nem vontade de perder nem um fio de cabelo com o assunto. E esse parágrafo já foi além da tal disposição.

Sim, minha vida continua naquele emaranhado de longas horas no trabalho, muitas coisas pra fazer, casa que não termina, crianças, marido, au-pair, viagens e no meio disso tudo, as coisas que quebram vêm adicionar aquele movimento completamente desnecessário. Pois então que a tinta do teto do térreo deu umas bolhas, e lá fui eu ligar pro nosso construtor, que veio constatar o problema e que agora tem que mandar o pintor. O negócio é que basta vc descobrir um nadinha de nada que vira uma cadeia em movimento de coisas a serem geridas. Pois a bolhinha do teto virou uma sucessão de eventos. E por isso, ultimamente, eu não quero descobrir nada de novo. Quero somente o prazer de alguma tranqüilidade com minha vida no maior marasmo. MAs acho que isso seja demais a pedir.

Esse final de semana não sei o que será. SEmana que vem no trabalho tenho dois dias entregues a um projeto e só de pensar no estado da caixa de entrada do email já me dá agonia. Mas, vam'bora. Pra frente é que se anda.

Wednesday, April 01, 2009

Comparações
Ainda não entendi qual a necessidade de cada um de nós de nos compararmos aos outros. Essa necessidade em alguns é seguramente exacerbada, e tende para aquele lado negro da força que culmina na tal da inveja. Para outros é deprimente, sobretudo com aqueles que tendem a se ver sempre no lado ruim da história, e sempre a se comparar com os que têm mais, são mais, vivem mais - em suas percepções, obviamente. Há ainda aquelas pessoas que conseguem se comparar a outras positivamente, mas essas são um pouco raras. E então que me peguei pensando em que necessidade é essa de se comparar. Já não basta a complexidade da vida, as escolhas, trilhar o próprio caminho? Porque há que se adicionar complicômetros? Se alguém souber, favor compartilhar.

Cansaço
Ando um pouco cansada da verborragia generalizada, das afirmações apocalípticas e do discurso em ritmo de disco-quebrado. Eu particularmente adoro quando as pessoas colocam suas verdades como as absolutas, e proferem os maiores absurdos. Já contei de um ex meu que era metido a estatístico? Pois então, não importava qual o assunto, ele sempre saía com um porque 50% das reclamções ao Procon não dão em nada, ou 40% da frota de carros em São Paulo já foi batida. O que eu sentia só poderia ser muito amor mesmo para aturar esse tipo de infamidade. Mas não me espanta que não tenha durado.
Juntamente à desonestidade, seguramente é essa inqualidade uma dos meus top 10: a mania de inventar verdades absolutas a partir das próprias percepções.
O mundo da internet seguramente mudou isso. O que antes era somente suspeitado como infamidade, agora tem registro para a posteridade, assim perpetuando a idiotice.

Tronco
Como de hábito, ando no tronco. Ontem saí do trabalho às 8:30. Vexame. Não agüento mais isso. Ainda bem que férias estão no dobrar da esquina, para me dar perspectiva. Essa vida anda muito mal balanceada, feito carro com pneu gasto em freada brusca. Preciso muito buscar o meu equilíbrio, porque se eu não vim à vida a passeio, eu seguramente não vim somente e exclusivamente a trabalho.

Monday, March 23, 2009

Garfield
Tem segundas que são mais difíceis que outras. Uma segunda após um final de semana movimentado, com uma vida familiar intensa, tempo para minha corrida, tempo para mim, bem, essas segundas são piores. E para me colocar em humor Garfield total, as coisas no trabalho, digamos, não andam nenhuma Brastemp - há uma certa maravilha nesse meu planejamento de férias, porque dentro de mais ou menos duas semanas, give or take, eu estou longe, bem longe. AMém.

E eu queria muito poder correr todos os dias, mas não consigo me organizar. Corri esse final de semana, ontem, particularmente, sem vento e com sol, foi uma delícia. Uma hora olhando a paisagem e escutando música, a vida não precisa de tanto mais. O duro é que hoje, depois de ter subido muito morro, estou com dor em tudo, e as costas estão cozidas. ASsim constato que a idade chega mesmo, o que antigamente me daria somente dor muscular virou hoje dor em tudo. Descer morro é um inferno para articulações em geral, e falar de articulações é definitivamente coisa de velho. E

Bem, vou pensar em coisas boas hoje. Se eu conseguir, quem sabe, passa mais rápido.

Thursday, March 19, 2009

Open, open, open
Essa história de open space ainda vai render muito. Quando vim trabalhar aqui, onde estou, eu ganhei uma sala. Para quem sempre havia trabalhado com uma cambada de malucos, a mudança foi radical. No início, eu sentia até mesmo fobia, enfiada na minha sala, desconectada do mundo, me sentia até mesmo, alguns dias, triste, e nem minha vista para o Jardim Botânico amenizava minha solidão. Saía justamente para andar e ver um pouco de gente. Isso foi no começo, quando as pessoas não haviam me descoberto e eu tampouco às outras pessoas. Depois de um certo tempo, começou o fluxo de gente a entrar e sair, a pedir coisas, informações, a trabalhar e fazer reuniões. Tenho também visitas de gentes que vêm somente desabafar: seja porque eu não me assuste com nada, seja porque muita gente me considere como bons ouvidos, seja porque eu tenha sempre algo pra falar, ou seja simplesmente porque eu tivesse uma sala. Ver a porta da minha sala fechada significava que algo confidencial estava em andamento - seja trabalho em si ou problemas pessoais ligados ao trabalho.

Agora, somos quatro a dividir um espaço que é conectado a outros espaços sem portas. Não é bem um open space, mas o meu carinhoso apelido dado ao nosso buraco atual é favelinha. Primeiro que das quatro mesas, nenhuma é igual é outra. SEgundo que o projeto foi tão esperto e o dinheiro tão escasso, que não há conexões elétricas por toda parte, o que significa que há fios passando pelo meio do corredor, desordenadamente, maloqueiramente. Terceiro que como colocaram uma parede abaixo, e o tal do carpete havia sido posto quando as paredes ainda estavam de pé, restou uma faixa de buraco no carpete no meio do ambiente, o qual tentaram camuflar com pedaços de carpete encontrados em outros cantos. Não há nenhuma harmonia de móveis acessórios, não há organização, e favelinha é realmente a comparação exata. Um dia ainda tiro foto e mostro aqui.

A favelinha por supuesto pressupõe que a comunicação entre vizinhos passou do estilo suíço de marcar hora ou bater na porta, para uma farra meio que desorganizada, com picos de conversa mais para o final do dia. De alguma forma, pela manhã, fica todo mundo concentrado na própria tela do computador, nas ligações, nas visitas e nas reuniões. Lá pelas 3 da tarde, com o sol que bate na janela que não mais pode ser aberta (don't ask), começa a se instaurar o esquema trabalho com comentários. Todo mundo comenta os emails, as planilhas, as análises e até mesmo os visitantes. E eu, mais que todo mundo.

E eu falo muito, é verdade. Pelos cotovelos. Tenho uma capacidade enorme de tecer um comentário sobre o nada. E adoro inventar novas maneiras de interagir com interlocutores. Como a comunicação aqui é em grande parte em inglês, agora instauramos que de 3 às 4 falamos com um sotaque. O primeiro foi do sul dos EUA, lugar onde morei e o qual, se me derem 5 minutos, consigo repodruzir - porque preciso entrar no espírito da coisa. Outro dia falamos com sotaque indiano. E n'outro francês e ainda italiano.

Ontem, saindo do trabalho, disse que nossa, essa coisa de open space faz a gente falar muito. Ao que um colega retruca que essa coisa de open space ME faz falar mais ainda. E é verdade. Ontem então prometi que hoje não abrirei minha boca pra nada, ficarei muda e sairei calada. Ninguém acreditou. E pra falar a verdade, acho que nem eu estou lá botando muita fé. Mas, de todo modo, reconheço que agora precisarei adapatar-me a algo que há muito, muito tempo desconheço: como trabalhar em ambiente comum sem importunar os outros com meu excesso de extroversão e falação. Será um exercício diário. Se eu acreditasse em agluma coisa, até soltaria um Deus me ajude. POrque só mesmo colocando em mãos divinas para eu tomar jeito.

Ah, e hoje completamos, senhorio e eu, 4 anos de comunhão parcial de bens. Quem diria. Estamos há 8 anos juntos. 8 anos, minha nossasenhoradaaparecida. Se eu consigo e posso, digo que qualquer um pode. Era eu praticamente um caso dado como perdido nessa coisa de instituições e coisa e tal. Mas isso é assunto pra outro post. Fico aqui com um congratulations to us, nós merecemos.

Tuesday, March 03, 2009

Ano novo, visitas e afins

Pois então que quinta foi meu aniversário. As comemorações começaram na quarta e se estenderam até o final de semana. Lá pelo sábado eu estava pronta para ser encaminhada a uma clíncia de desintoxicação, tamanha a esbórnia daqueles dias. Mas então que meus amigos chegaram no domingo, e enfiamos novamente o pé na jaca. Não fui trabalhar na segunda-feira, passei a semana passada não somente em festividades e comes e bebes, mas também no tronco. Estava sozinha aqui correndo atrás do prejuízo. Houve um dia em que deu até fila na porta da minha sala. Só rindo.

E então que a Renats e o Johnny estão aqui. Nos divertimos. Claro que os levei para aquele circuito básico dos visitantes da Margot: Yvoire, Evian, Thonon, Lausanne e Genebra. Deveríamos ter rumado ao Mont Blanc e subido na Aguille du Midi, mas depois de um sábado deslumbrante de sol e céu azul, os céus nos trouxeram o cinza e a chuva. Subir no Mont Blanc só pra ficar mais pobre e ver nuvem não dá. Então nos baladamos pelo circuito básico e curtimos as companhias uns dos outros. A criançada adorou os dois, e os dois adoraram a criançada. Se bobear, a Renats colocou a minha fofinha dentro da mala dela. Aliás, veredito dos dois, meus dois são muito, muito hooligans. Mas com a mãe que têm, eles não ficaram nada surpresos.

Tirei segunda para ficar com eles, cheguei ao trabalho na terça para encontrar absolutamente nada funcionando, nada, rede, email, intranet. Quinta-feira mudo de sala, o que quer dizer que amanhã, quarta, deveria estar empacotando. Ou seja, se tivessem me dado a semana de feriado seria mais fácil pra todo mundo. E eles poderiam ter ficado mais tempo.

Hoje os dois vão-se embora pra Paris. Ficarei com saudades. Tão boas essas visitas relâmpagos. Tão bom estar com esses mequetrefes que não valem nada e falar do sexo dos anjos. Ai, ai, ai. Melhor eu parar, senão alguém acaba passando mal com tanto doce. Até a próxima.

Monday, February 02, 2009

Longa data
O tenebroso inverno continua, as temperaturas baixas também, a neve cai religiosamente todo final de semana. AS crianças se esbaldam, senhorio reclama e eu observo. Porque a minha relação com o inverno é sadia. ASsim como aproveito esses dias de tiritar, agradeço quando os dias quentes de sol aparecem. Eu e o tempo temos uma coisa sem intempéries.

O blog tem ficado de escanteio. Semana passada eu mal tive tempo de escovar os dentes, quiçá de cuidar de blog. Tenho dessas semanas no tronco, de quando em vez, jornadas diárias muito, muito longas. Enquanto senhorio estava pelos lestes, eu estava aqui mas vi os pequenos tão pouco que parecia que havia eu também viajado. Como sempre me pergunto o porquê de levar tão a sério, tão a ferro e fogo e ter tantas responsabilidades adquiridas juntamente às impostas. Não sei. No entanto, vale bem constatar para mim mesma, ou algo assim, que o estresse que essas semanas normalmente me trazem dessa vez não foi o habitual. Sei que ando zen. Não sei ao certo nem como nem porquê. Mas ando.

Hooligans

Meus dois pequenos andam muito, muito hooligans. Outro dia, estando os dois a brincar no quarto do maior, houve um barulho seguido de choros da minha gordinha, que aliás não está mais gordinha, mas só barrigudinha. Como eu não estava em casa, foi nossa super au-pair quem relatou o fato. Ao que ela encontra os dois traquinas, a vítima estava com um calombo acima do bochecha e o, não se sabe se testemunha ou acusado, segurando-a pelas mãos. Se caiu, se foi alvo de algum objeto voador não identificado, tudo hipóteses, o sabido é que ela ficou com um roxo que se espalhou por volta do olho como se tivesse tomado um soco no meio das fuças. Um luxo.

Ontem estávamos no mesmo local brincando, ao que meu hooligan-mor fez que saiu do quarto, quando estava na verdade do lado de fora segurando no batente da porta fazendo joças para mim e a outra pequena. Essa última, na sua mania recentemente adquirida, dirigiu-se à porta e bateu-a, como que para fechá-la, e dizendo fecha, au revoir. O barulho da porta batendo contra os dedos do meu filho ainda está gravado aqui, uma coisa dura e abafada, seguido então pelos berros dele. Ela meio que entendeu que ele se machucou por conta da porta, mas tenho cá minhas dúvidas se saiba que foi ela quem bateu a porta, e portanto, quem machucou o irmão. Ele ganhou duas unhas roxas e uma história que contou o dia todo, pra mim, pro pai e pra au-pair.

Nós lá em casa éramos levadíssimos, e mesmo que meus pais digam que não era tanto assim, eu sei porque me lembro das poucas e boas que fizemos. Meu irmão me abriu 5 pontos na testa uma vez. N'outra ele ficou andando uma semana feito pirata, com um tapa-olho prescrito pelo médico (mais para curar-lhe os espíritos do que mal em si), porque eu havia esbugalhado seus olhos com meus dois polegares. Nós subíamos no telhado de casa, e por lá andávamos, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Pulávamos na casa do vizinho, trepávamos em mangueiras, lá no alto. Aprendi a nadar aos 2 anos porque simplesmente pulei na piscina sozinha, o que aliás creio ser uma das minhas primeiras memórias. Meus pais fizeram várias vezes as idas ao hospital, por conta de corte que precisava ser costurado, osso quebrado ou somente susto. Hoje eles parecem ter uma imagem de nós que beira o romantismo - de acordo com eles, éramos levados, mas levados sadios.

Um dia eu chego lá, nesse mesmo romantimo. Por hora, lá em casa, é muito sangue, suor e lágrimas.

Tuesday, October 14, 2008

Reflexão profissional
Sem razão específica alguma, tem dias em que o moral sai pra dar um passeio e volta parecendo que está no pé. Desde quando retomei minha louca rotina profissional depois das férias, que assumi um lado um pouco mais desconecto dessas loucuras que acontecem por lá. Sim, porque todas as vidas profissionais são cheias de intempéries, isso não é novidade, mas eu friso que toda essa bagunça organizacional recente (parcialmente deliberada, parcialmente resolvida, parcialmente indefinida) impacta todo mundo. Ainda que eu crie essa barreira em volta de mim, ainda que eu tente ajudar os colegas e manter minha distância, e ainda que eu continue a ignorar o volume de trabalho que só faz aumentar, sempre chega uma hora em que toda essa confusão nos alcança e vem mexer com nossos brios. Nada mais natural. Não vou nem entrar no mérito da discussão sobre as bases organizacionais e estruturais porque levaria alguns meses de post só falando no assunto para me fazer entender. Não é disso que vim falar. Mas sim que, mesmo que eu tente e tenha a plena convicção e atitude condizente de que preciso tomar minha distância da balbúrida, proteger a minha própria saúde e sanidade, tem dias em que a resolução vai pro brejo e tudo que há algum tempo vinha evitando me é confrontado. Nada de grave, nenhum acontecimento que tenha trazido à tona tudo isso, mas somente um almoço com amigas, amigas que são colegas profissionais, e uma reflexão sobre o meu trabalho. E então eu fico assim.

Ai, ai, ai, eu queria ser a rainha do nem-te-ligo profissionalmente. ALgo que meu sangue latino ainda rejeita. Mas um dia a coisa passa.

Wednesday, October 08, 2008

Drowning
Glup, glup, glup, glup........

Justo eu, que fui sempre uma excelente nadadora.

Thursday, September 25, 2008

Vida de Dilbert
Eu tenho umas bizarrices fenomenais mas até aí, quem não as tem. SEmpre, no entanto, me supreendo com as bizarrices alheias, como se elas fossem totalmente extraterrestres - e de certa forma tendo a arrogância de pensar que as minhas não são assim, tão alienígenas. Mas enfim, sem querer comparar estranhezas porque isso aqui não é o programa do clodovil, falarei dessas bizarrices que nos acontecem sem pré-aviso.
Tem um colega de trabalho que passa assim, a impressão de ser a pessoa mais centrada e serena do universo, mas que vira e mexe solta umas barbaridades tão fenomenais que deveriam entrar para o repertório do dilbert.
Pois então que outro dia esse cara voltou de férias. Ele passou por aqui e eu, na maior das boas vontades de socializar e fazer conversa de elevador, perguntei, e então como foram as férias? Ao que ele responde, vc sabe, Margot, as férias são como orgasmos. Eu, que não me assusto com pouca assombração, fiz cara de paisagem interessada, e disse, é mesmo, por quê? Ao que ele, nem se tocando da completa fora de noção da própria piada, completa porque até os ruins são bons. E eu, aaahhhh então tá, cróvis.

Acho que se ele tivesse soltado a infamidade para qualquer outra colega de trabalho, a piada teria acabado no RH.

Tuesday, September 09, 2008

Office talk

Encontrei um colega de trabalho que virou pai recentemente. Parabéns daqui, informações de lá, quanto pesava, quanto media, como vão as noites e essas coisas. E então eu perguntei pra ele se estava precisando de algum item daquela vastidão de apetrechos que bebês tão temporariamente utilizam:

- Tem carrinho de bebê?
- Temos o kit completo, aquele que vem com o que põe no carro e tudo mais.
- ESterilizador?
- Sim, aquele de micro-ondas.
- Aquecedor de mamadeiras?
- Hum, acho que sim.
- Canguru?
- Ah, sim, um muito bom da Bjorg.
- Ah, o mesmo que eu tinha, só perguntei pra saber, porque também já encaminhei para o meu irmão.


Silêncio. Ele olha pra minha cara, ri e solta:

- Olha, minha mulher estava precisando de mais sutiãs de amamentação...

Só rindo mesmo.

Eu ainda não consegui desovar toda a parafernália que atualmente ocupa meu porão. SE alguém souber de alguém que está grávida, favor repassar a informação.

Friday, August 29, 2008

Vida de clichês
Um dia eu ainda abro o blog da Nora para contar as minhas peripécias nesse papel.

Jujuba
E hoje é aniversário da Jujubinha, filha dela, minha futura nora. Dentro de 25 anos eu passo o bastão do blog da nora pra ela.
Jujubinha, toda a felicidade do mundo no dia de hoje. E que vc ainda possa conhecer seu futuro marido antes da data do casamento, porque nem eu e nem sua mãe temos origens indianas! Beijo grande da tia aqui!

Tomou doril?
E cadê meu amigo genevois,vulgo genebrino (?), que até agora não me mandou nem um sms de boas vindas? Deve ter pego amor em alguma gaja. Meus amigos têm realmente esse cacoete, basta se engraçarem os corações que me jogam pra escanteio durante um tempo...

Semana curta
E hoje já é sexta. Melhor coisa é voltar ao trabalho assim, minha estratégia garante que eu passe esses primeiros dias só limpando a caixa de mensagens e agendando reuniões. OU seja, sem traumas.

Monday, July 28, 2008

Últimos momentos

Que todo mundo já está cansado do meu bradar por corredores sobre minha excitação por partir de férias. Porque eu sou mala, chata, pentelha, uma íngua mesmo e fico feito dízima periódica repetindo o que está para acontecer. Porque eu preciso passar por esses dias sem surtar. Porque, bem porque eu preciso desopilar, extravazar e soltar a franga, senão eu piro. Acho que quinta-feira vai estar todo mundo feliz da vida por eu finalmente ir já que não mais buzinarei a mesma história nos ouvidos de ninguém. Ao menos eu tenho consciência de minha chatice, e no mais, eu até que sou legalzinha no restante do tempo.

E como são a coisas, cara pálida, semana passada, sexta-feira, saiu aquela tão famosa decisão pela qual estava eu trabalhando para o Olimpo inteiro? E não é que a decisão foi assim, digamos, de acordo com nossa recomendação? Hoje vim munida de champagne pro trabalho, que repousa lá no frigorífico (frigorífico vulgo geladeira, em homenagem às minhas amigas portugas!) à espera da chamada para abri-la. Acho que não vai ser hoje, porque o anúncio oficial só vem amanhã, então sabe como é, temos que ficar assim, com cara de quem não sabe nada. Como eu disse a um dos magnânimos, eu tô precisada de encher a cara, porque eu não estava mais podendo com aquele assunto. A comemoração pra mim tem mais gostinho de graças a deus, aleluia, essa nhaca finalmente acabou, do que wow, chegamos aonde queríamos. Coisas de gente que precisa de férias...

Uma anedota dessa minha vida de mulher enquanto esposa. Senhorio está agora por aqui, não vai mais pra terras lusas. Hoje, segunda-feira, foi a primeira em praticamente um mês que saí da cama no horário habitual. POis é, maridos contribuem para a minha presença no trabalho bem cedinho. Deveria colocar isso na minha avaliação de final de ano.

E as crianças vão bem, obrigada. O hooligan só fala que vai pro Brasil de avião ver o vovô e a vovó, passa avião e lá vem ele falar a mesma coisa, o final de semana foi assim, passa um avião, e ele fala, lá vem outro avião, ele aponta e solta a frase. Hum... sounds familiar?

E meu pai, que é uma figuraça, me manda emeio hoje dizendo que a senhora encomenda queria mais umas coisas. A senhora encomenda do caso é a minha mãe. Fiquei rindo a manhã toda. E não é que agora mesmo, ao escrever esse post, recebo mais um emeio da senhora encomenda entitulado mais encomenda? Eu devo estar ruim da cabeça mesmo, porque não paro de rir. Férias, aqui vou eu. Salvo caso excepcional ou de força maior, agora esse blog só continua do Brasil.

Inté.

Tuesday, July 22, 2008

Síndrome pré-férias e pré ida ao Brasil

Todo ano é a mesma coisa, quanto mais perto chega a data de ida ao Brasil, mais ansiosa e sem vontade alguma de trabalhar vou ficando. Não, tudo bem, a vontade alguma de trabalhar vem comigo já há algum tempo, mas nessas épocas fica insuportavelmente dolorida. Dói vir trabalhar. Juro.

Pra ajudar, senhorio anda pelas terras lusas. Isso quer dizer que me sinto completamente freela pra fazer das minhas noites o que eu quiser. Sou bicho da noite, notívaga mesmo, gosto da noite, sempre gostei. Do silêncio, da sensação de estar sozinha no ambiente, todos dormem e o espaço todo é meu. Nada tem a ver com a minha vida de família, eu já era assim antes dessa. Ontem à noite, pra ajudar meu vagar, estava passando a última temporada de Six Feet Under - e eu adoro Six Feet Under e nunca vi o final da série. Fiquei até às 2 e qualquer coisa da manhã assistindo. Lá pelas 2 e tantas devo ter finalmente dormido.

E se já está duro trabalhar, com sono e cansada tá pior ainda. Espero que hoje não tenha nada de bom pra assistir e o Sudoku me leva ao mundo de Morfeu bem rapidinho.