Das maravilhas do matrimônio

Senhorio pegou uma gastro - termo adotado desses lados de cá. Me acorda no meio da noite dizendo não estar se sentindo bem e, entre tremedeiras, achou que estava tendo um troço. De súbito, sai correndo para o banheiro, onde através de urros, pôs pra fora o que o vírus determinava. Ele literalmente berra quando vomita. Sei que o papo fica cada vez mais escatológico, mas não tem jeito, é o que chamam no Brasil de virose.
Lá pela terceira ida ao banheiro, entre uma golfada / berrada e outra, ele solta:
- Oh, God, please help me!
(Oh, Deus, ajude-me!)
Ao que eu, sem dormir a noite toda por conta da barulheira, respondo do quarto:
- You're an atheist!
(Você é ateu!)

:o)

Acho que como castigo à minha falta de sensibilidade, ele desligou o alarme. Acordei do meu cochilo devidamente atrasada (às 7:20, gosto de chegar cedo, oras!) e fui esbaforida para o trabalho.

Até agora a gastro ainda não deu sinal de vida em mim, mas já passou pra au-pair. Que as crianças fiquem a salvo, porque não sei se contei, mas a máquina de lavar roupas quebrou antes do Natal e até agora os energúmenos nâo apareceram pra trocar a peça... E crianças geralmente vomitam onde estão, como estão. Se senhorio já fez um drama fenomenal, imaginem o drama na minha vida se essas crianças pegam esse troço e eu ainda sem máquina? bate na madeira, mangalô três vezes!

Ah, e não contei sobre as cataporas e as gripes suínas? Pois então, o ano chegou cheio de urucubaca, mas com bastante fé do nosso lado de que será um de sucesso. Porque Pollyana é meu apelido. :o)