Monday, September 29, 2008

Parenting
Aviso aos navegantes, post cheio de jargões infantis, clichês familiares and a little bit of bitching.

Como todos sabem, temos dois figurinhas lá em casa com menos de 3 anos. O mais velho é levadíssimo, um azougue, como diz minha genitora. Ele se desenvolve cedo motoramente, mas no que tange comunicação verbal ele ainda titubeia para fazer uma frase, e em questão sair das fraldas, digamos que tem dias em que troca 5 vezes as calças. Bem, ambos os ítens são motivos de embates entre senhorio e eu. No primeiro, senhorio me atazana a vida porque insiste em criar uma língua nova. Tudo bem que eu sou pela evolução lingüística, mas isso está um pouco exagerado. Ah, não sabe do que falo? Então exemplifico:

Choegie (o apelido que deu ao hooligan), do you wanna go nanar? ou então,
Look, Choegie, de vliegtuig! ou então,
Attend, choegie, I'm coming!

E a história do pipi. Senhorio diz que sou sádica. Ontem o hooligan sujou o enésimo par de calças quando disse a ele que ficaria sem calças pelo resto da noite, porque se ele não sabia fazer xixi no banheiro como todo mundo, que não merecia calças limpas. Lógico que eu estava brincando, e que a idéia seria de deixá-lo um tempinho pelado e então negociar o próximo xixi no banheiro contra as calças - coisas de mãe. O hooligan, que não é bobo, já se deu conta de que quando a coisa aperta a melhor saída é correr para o pai, que de holandês nesse sentido não tem é nada. E não deu outra. Com o bigulinho dans l'air, lá foi ele pedir arrego ao fracote do nosso casal, que, obviamente foi dado - senhorio subiu para buscar-lhe o que vestir. Diante de minha autoridade completamente revogada sem prévia consulta, eu disse que daqui pra frente é ele quem educa. Porque se minhas tentativas são freqüentemente postas abaixo sob o argumento de que sou muito Ev* Br*un, então ele que se encarregue de tão simples tarefa solo, seule, alone,sozinho. Nosso embate ainda perdurou, argumentei que se ele, ao 3 anos, já sabe nos jogar assim, imagine quando tiver 14! Eu que não estou a fim de estar com ares de tacho pelos próximos 11 anos. Ao que ele continuou com suas acusações e dúvidas quanto aos meus métodos tiranos. Não concordamos, obviamente, e nem achamos nenhum ponto em comum. O bate-bola continou, em meio a muita tiração de sarro, a forma comum pela qual conversamos. Até o momento decisivo em que o hooligan foi pedir para passear de carro - coisa que aliás sou sempre eu quem faz. Ao que eu, na minha sabedoria feminina, respondi-lhe que agora era com o pai, que mamãe não apitava nada e nem sabia de nada, que esse negócio de educar e decidir era com o papai. Ele então começa a desfazer a ladainha dele que queria passear de carro pro pai. Ao final de 5 minutos de papai, passear, passear de carro, lá no castelo, papai ele, o tal do papai, pediu arrego pra quem? Pra mim, a de alcunha Ev* Br*un, óbvio. Nós então combinamos que ele não mais me desdirá e eu prometi que vou tentar pegar leve - como se eu tivesse tirado a cinta, mas tudo bem. E nessas, ele finge que promete, eu finjo que acredito, e vice-versa. Comprometimento? Que nada, casamento necessita é de muito bom-humor. O resto, meus caros, is overrated.

1 comment:

Ma said...

Aqui minha querida estamos no dilema de como tirar a chupeta noturna da baixinha, só de pensar que minhas noites já mal dormidas, porque ela AINDA acorda de noite, podem ficar piores eu sinto um calafrio na espinha. E assim caminha a maternidade! Boa sorte aí, beijocas!