A falta do jeitinho
Nunca fui defensora do tal jeitinho brasileiro, mas confessadamente, a flexibilidade que temos para encarar uma situação por vezes pode realmente ser uma vantagem.
Explico-me, hoje de manhã, vindo para o trabalho e dando uma carona para o meu sogrão, que atualmente trabalha por aqui, fizemos nosso caminho habitual. Em uma parte dele, eu entro em uma rua, que é mão dupla com uma faixa contínua no meio, ou seja, o que significa que eu não posso virar à esquerda ou retornar em sentido contrário. MAs eu tenho que pegar o sentido contrário. Então, sigo até uma rotatória mais adiante para pegar a outra direção e rumar ao trabalho.
Acontece que hoje de manhã, quando entrei nessa tal rua, havia um acidente logo à minha frente justamente no sentido contrário da pista. HAvia polícia, ambulância, essas coisas. Não faria sentido nenhum eu seguir até a tal rotatória e ficar esperando até que eles liberassem o caminho, certo? Conhecendo a rigidez (e a falta de educação, sim senhor) da força de ordem, parei meu carro, desci e fui perguntar ao guarda se podia fazer a tal conversão à esquerda. Ao que ele me recebe já aos gritos:
- Circulando!
- Seu Guarda, eu só quero perguntar se posso virar à esquerda porque eu tenho que ir no outro sentido.
- É proibido fazer essa conversão.
- Eu sei que é proibido, mas não passa carro nenhum no sentido contrário e eu tenho que ir na outra direção, e é justamente por que é proibido que estou perguntando se posso.
Como um disco quebrado, ele diz:
- Circulando, é proibido fazer a conversão.
Bem, a gente seguiu em frente, não entrou na rotatória e fizemos um outro caminho, mais longo, mas mais rápido dentro das circunstâncias... Acho que se fosse no Brasil, ninguém nem perguntaria. Daria meia volta na cara da polícia mesmo.
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