Olho de turista (continuação)

E então que o trânsito foi seguramente um highlight, mas obviamente não o único. A profusão de cores da indumentária ficou marcante. Os saris multicoloridos e amplamente utilizados. Muito pouca gente usa uma roupa totalmente ocidental, se usam calças, têm sempre as blusas um pouco mais compridas para cobrir o bumbum. Mostrar a barriga é normal, marcar o bumbum, jamais.

Comi tudo indiano a semana toda, alguns aventureiros que ousaram pedir um bife pagaram caro pela travessura. Ao menos 4 pessoas de nosso grupo ficaram doentes - aquele mal estar conjunto à diarréia. NAda de muito sério ou grave, ainda assim suficiente para avacalhar com alguns dias.

Revi um amigo querido que andou por uma daquelas. Sua mulher doou parte do seu fígado para a mãe (a sogra dele) e ambas estavam no hospital em recuperação. Mesmo diante dessa circunstância, ele achou tempo para vir me ver no hotel. Saudades já, novamente.

Muita gente para um serviço só. Nesse sentido, lembrei-me do Brasil. Creio que somos ainda mais eficientes, o excesso de pessoas a prestar um serviço significa mais rapidez, mas no caso das terras de lá, muitas pessoas para resolver muito pouco. O interessante é que a India é o país do desenvolvimento tecnológico, mas ainda tropeça em transformar isso em serviço de qualidade. Muitas pessoas para fazer a mesma coisa, mas que se traduz em muitos carimbos, muitas anotações e uma forma de contabilidade arcaica.

ALiás, os carimbos. Por conta de ataques terroristas, creio eu, a segurança já começa na porta de fora do aeroporto, e com ela, um carimbo. Só entra quem tem bilhete, e o tal do segurança checa passaporte também. Lá dentro, é um tal de passar por diferentes pontos de checagem e muitos, muitos carimbos. Mas muitos mesmo. Carimbo é praticamente um setor econômico, de tanta gente que emprega. Imagine que isso é somente para transitar no aeroporto. Tive arrepios só de pensar na quantidade de carimbos que a administraçáo pública deve ter.

O saldo foi muito positivo. Como disse, tudo isso são meus olhos de turista a processar tanta informação. Depois eu volto com mais, inté.