O dia dos animais perdidos

Ontem minha mãe saiu pra caminhar e voltou com um cachorro no rabo da saia. Ele não tinha coleira e nem tatuagem na orelha. Enquanto davamos agua e algo para comer ao esfamiado bichinho, os lixeiros passavam. Como quem tem boca vai a Roma, eu perguntei o que fazer quando se encontra um animal perdido. Eles indicaram um centro de recolhimento de animais que asseguraria que o bichinho não virasse sabão, aqui do lado de casa (praticamente).

E là fomos nos. Detalhe a ser explicado: somos pessoas que gostam de animais. Detalhe a ser explicado II: minha mãe é uma pessoa com muita, muita imaginação.

No caminho, minha mãe me falou que o bichinho era castrado, porque não tinha saco. Eu imaginei que ela tivesse visto as ferramentas e portanto assumi a informação como correta.

Chegando là, a minha mãe vira pra mim e pergunta se aquele abrigo de animais fazia parte da fundação da Brigitte Bardot (????), e como ela tinha assitido ao programa XYZ em que ela falava do descaso dos politicos.

Entregamos o bichinho, que continuava bem tranqüilo, e expliquei toda a situação, como minha mãe havia o encontrado, que ele era docil, parecia faminto, com sede e que era aparentemente castrado. Castrado?, perguntou a moça, que olhou ali embaixo e falou: é uma cadela. Eu olhei pra minha mãe...

Na volta ela continou sobre a hipotese do centro ser da fundação da Brigitte Bardot, no que eu retruco que ela é cheia de historia e imaginação, ao que ela concorda e diz que ela soh não escreve romance por pura preguiça.

Agora que pensei, deveria ter sugerido para que ela fizesse um blog, isso sim. Aih, como muita gente por aih; ela poderia fantasiar os fatos corriqueiros da vida no papel. E ao menos extravazar essa necessidade criativa.

Ainda abro uma conta pra ela no blogger.

Ao final do dia, estàavamos na porta de casa quando uma das vizinhas aparece pra perguntar se por acaso não tinhamos visto o ferret/furret dela no nosso jardim. Aliàs, como se fala o nome desse bicho em portugues? Não vimos, e ela passou de casa em casa falando com todos.

E serà que São Longuinho funciona para animais também? Devia ter ensinado pra ela a trova, nesses casos, e como no meu post anterior, qualquer ajuda é ajuda.

Porque o mocinho anda um fofinho. MEsmo com o atual problema intestinal e com toda as consequentes assaduras (tadinho do meu fofinho) ele anda se comportando relativamente bem.

Ontem fomos jantar com a tropa toda numa amiga e hoje teremos muitas visitas. Como disse minha mãe, assim, com vida social repleta, o tempo passa rapido: falta duas semanas para estarmos no Brasil.

O tempo voa mesmo.