Friday, December 05, 2008

Megalômana

Pois eu comprei uma árvore de natal, dessas de verdade, que enchem sua casa de maravilhas e sujeiras. Fui comprá-la rapidamente, nesses meu ímpetos decisivos, e assim que cheguei na "jardinerie" (aliás, como se chamam essas lojas em português) ela estava ali na porta, toda linda, aberta, majestosa. Foi amor à primeira vista. Ainda fui me informar acerca de preços, tamanhos, e olhar as outras meditabundas que se aglomeravam nas diferentes baias. Mas eu já havia sido conquistada. Perguntei então sobre ela, que estava ali na entrada, toda bonita. Não era o maior tamanho, um abaixo do maior. E com ajuda do cara da loja, desses agricultores de montanha franceses, grandes, fortes e parrudos, coloquei a mocinha no meu carro e rumei pra casa toda animada para vesti-la com as bolas, guirlandas e outras coisinhas decorativas que já tínhamos.

Quando a tirei do carro em casa, com a ajuda de nossa au-pair, que me dei conta de que talvez estivesse arrumando muita areia pro meu caminhãozinho. E quando a coloquei na sala, vi então como a paixão cegou meus olhos. A solução foi mexer na disposição de todos os móveis, rearranjar sofás e mesas, para que ela pudesse arrumar seu canto. Ela está assim, extremamente presente em casa. A decoração foi feita com a ajuda dos dois monstrinhos, que estavam muito, mas muito animados com nossa mais recente convidada. O meu hooligan se travestiu de criança deslumbrada e ficou decorando com todo cuidado e muita animação. Soltava aplausos a cada bola colocada, a cada estrelinha, borboletinha posta. Já a outra baixinha brincava de tirar tudo das caixas - ela não tem altura o suficiente para alcançar mais do que os primeiros galhos.

A decoração ficou óquei, um patchwork, ela não tem tema preciso. São vários objetos decorativos, muitos adquiridos onde trabalho, já que uma de nossas gamas de produtos são justamente as decorações natalinas. A grande maioria adquirida há 6 anos, quando montamos árvore pela primeira e única vez em casa - até esta.

Quando senhorio aportou, tomou um susto. A reação da madame faxineira foi a mesma. Sim, eu extrapolei, mas como disse antes, foi a árvore que me cantou e me enganou. Não respondia por meus atos quando resolvi trazê-la pra casa. Prometo publicar fotos, ela merece. Esse será nosso primeiro Natal em petit comitê, só nossa pequena família, junta. A árvore é praticamente um marco histórico, e minha megalomania fica assim justificada. Megalomania e paixonite, diga-se de passagem. Quando vcs a virem, me entenderão.

3 comments:

Dani said...

como eu queria ve-los - e a arvore :-(
nao interessa o exagero do tamanho, o importante eh a felicidade que a mesma trouxe as criancas - e a mae das criancas.
ansiosa pelas fotos!
beijos!

Ma said...

Ah, Margot, agora eu quero a foto! Sabe que eu pensei em comprar uma natural este ano tb mas fiquei com medo de exalar aquele cheiro de floresta e maridão passar dezembro espirrando como se fosse primavera. Vai de fake mesmo. Acho que é floricultura a palavra, não? Bjs

veridiana.ferrari said...

também acho que é 'floricultura'.

e também estou curiosíssima!

deu até vontade de enfeitar a minha casa, apesar de eu não gostar nem um pouco de Natal.

beijo