Item por item condensado

- Estadia no Brasil foi de muito matar saudades aliada à prostração. Estava muito, muito precisada de descanso, sombra, água fresca e Olimpíadas como bônus. Me diverti nas madrugadas com vários esportes - até ping-pong (sorry, tênis de mesa não dá) eu assisti. Meu pai, companheiro de maratonas esportivas teleguiadas, teve que ser acordado vez ou outra, e só pra constar, sempre o larguei dormindo no sofá.

- Revi amigos muito, mas muito queridos. Alguns não via fazia o que, uns 7 anos (por conta da mobilidade que esse mundo novo tem e as gentes que se mudam para todos os cantos). Ai, como é bão estar com amigos. Queria todos assim, do meu lado o tempo todo, porque o tempo passa, a gente cresce, casa, reproduz e alguns perdem cabelos, mas continuamos os mesmo queridos, uns para outros, outros para uns. Tenho amigos de toda a vida, e amigos de longa data. E amigos virtuais que viraram reais. É sempre bom lembrar : sem amigos, eu não sou lá grandes coisas.

- Fiquei muito tempo com minha família. Meu irmão, que está pra entrar pro time dos pais, fez um intensivão com a criançada. Eles curtem tanto os tios que me largam facinho facinho e mudariam-se de malinha e cuiazinha para a casa deles, sem nem piscar. O que, apesar de levantar sombrancelhas quanto à minha performance, me deixa feliz da vida. Os avós também, aliás. Não fossem pelos nervos à flor da pele com cada escapada ou travessura do hooligan e o joelho estafermo de minha mãe, os dois já estariam por lá de vez e sem tíquete de retorno.

- A viagem foi assim, aquela coisa horrorosa na ida como já reportado, e não podia ser diferente na volta. Eu devo ter alguma mandinga feita com meu nome numa encruzilhada, preciso contatar meu amigo macumbeiro para dar um jeito nesse encosto. Pois além do vôo em Paris ser cancelado – e digo, a última coisa que qualquer indivíduo queira nessa vida é correr atrás de criança em aeroporto depois de um vôo de quase 12 horas e sem pregar o olho – eu ainda chego 5 horas mais tarde que o previsto no meu destino final para, a-ha !, não encontrar as minhas malas na esteira ! Já se pode imaginar a minha cara suspeita achando que tem alguém me perseguindo, nâo ? Dessa vez, ao invés de as deixarem pra fora do avião, elas foram apreendidas pela aduana francesa, porque essa gente tem que inovar nas peças que me pregam. Acharam que eu estava contrabandeando sapatos... É ou não é pra achar que tem encosto ? E eu lá tenho cara de muambeira ?

- E só pra constar, ontem não dormi muito - esse tal de jetlag que sempre chega na segunda noite. Vamos ver como será essa noite.

- A nova au-pair II já está lá em casa e hoje ficou sozinha da silva. Óbvio que o mês todo em que estivemos na terrinha, ela ficou por lá também, junto a nós. bom pra adaptação de todo mundo, ainda que vez ou outra eu ainda a chame pelo nome da anterior.