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Minha vida passa num piscar de olhos. Sensação de estar correndo atrás contínua, será que um dia acaba? Yo no lo se.

final de semana passado foi uma delícia. Uma amiga de longa data, com a qual compartilhei bons anos da minha vida pessoal e profissional, esteve por aqui para uma sessão matar saudades. Muito bomdemaisdaconta. FAlamos pelo final de semana inteiro, da vida, dos amigos, das nossas felicidades e das agruras também. Crescemos. É verdade que já nos conhecemos em idade adulta, mas quem teve 23,24,25,26 e 27 anos no ritmo em que tivemos, sem família nem filhos, se dá conta de que hoje, depois dos 30 e tantos, é que nos sentimos mais centradas - ainda que a vida corra. Naquela época, tudo era surpresa e novidade, vivíamos de dia e de noite, intensamente e por vezes de sobressaltos em sobressaltos. Lembramos das tantas vezes em que nem sabíamos como íamos parar no trabalho, mal-dormidas, viradas, passadas. Rimos muito.

Deixamos combinado que em agosto nos veremos. Eu e minhas promessas. Vivo correndo atrás delas também. TEm algumas idas ao Brasil que não as cumpro. Já aprendi a conviver com meu fracasso pessoal. Ainda bem que os amigos, que têm coração grande e paciência ainda maior, já aprenderam a conviver com esse meu amor cafajeste.

E daqui a pouco já será maio. Ando parecendo uma dízima periódica, só falo da rapidez, das tantas coisas, das mil obrigações. Mas é a mais pura verdade que minha vida é e está exatamente isso. Não tem glamour, somente a crua realidade de enfrentar tudo assim, no braço mesmo. Mas, como tudo tem seu próprio porém, essa mesma realidade é cheia de beleza e satisfação, de alegria e contentamento. Tudo é cheio de paradoxos, não esperava que fosse diferente. Ao menos, não aos 30 e tantos. E o mais estranho é que eu nem quero glamour, mas somente o prazer das pequenas coisas.