Ciclos
Engraçado como ultimamente um monte de gente perdida no passado tem ressurgido das cinzas. Outro dia, via Facebook, fui contactada por uma colega de high school, lá na época em que eu estudava neste lugar. Muito doido. Ela se lembrou de mim, e com isso eu revivi tanta coisas que andavam guardadas aqui na minha memória. Os pep-rallies, os jogos de basquete, as cheerleaders, as minhas gafes, as amizades feitas, a grande aventura que foi tudo aquilo. Eu tinha 16 anos. Daquela época ainda tenho duas pessoas que são constantes na minha vida, a minha mãe americana e meu amigo finlandês. Só nós sabemos como mantivemos contato durante todos esses anos e como ambos estavam presentíssimos no meu casamento.
Então eu voltei para o Brasil para me readaptar à minha própria cultura. Custou-me. Aos 18 anos, inciando minha vida universitária, enfiada na megalópole São Paulo, vivendo uma vida que então me parecia estranha. Naveguei pelos meus cinco anos maravilhosos lá, e essa gente com quem vivi as peruadas, truco no XI, saídas, viagens, agora tem ressurgido via Orkut. Aos 22 essa vida acabou, e lá fui eu para outra.
Aos 22 eu comecei a trabalhar num banco. Essa semana, uma das minhas grandes amigas daquela época me mandou um email de Tóquio. Estava lá, por uma outra empresa, a trabalho. Vibrei com ela. Tóquio? Que máximo! Ela ficou de me mandar um report detalhado. Estou no aguardo. Ainda durante as duas últimas semanas, fui contactada via Linked in por mais gente daquela época. Hoje mesmo abri meu mail e vejo lá um request de alguém com quem há muito não falo. E então descubro que agora ela está em Londres. Em Londres? Quase mandei-lhe um safanão com minha resposta no email, já faz 3 anos, e a gente ainda não se viu.
E depois de 5 anos de vida bancária, eu fui pra Paris e de lá a minha vida se converteu aqui.
Cada ciclo passado parece agora girar em torno de um portal, através do qual as pessoas acabam por me achar, ou vice-versa. Eu adoro saber da trajetória de cada um, dos contornos, da vida, do que fazem, fizeram, onde estão, estiveram. Um barato. Ando também ansiosa por encontrar certas pessoas das quais não ouço há muitos anos. Muitos mesmo.
E agora me pergunto sem cessar qual será meu próximo ciclo. Aqui onde estou já faz mais de 5 anos. 5 anos parece ser meu alarme pessoal, e o tic-tac aqui dentro se intensifica. Eu estou pronta para mudanças, se elas virão ou não, resta esperar para saber.
1 comment:
ora mas a nova casa, ou um novo faz-faz-de-todo-dia pode ser o novo ciclo...
Bom relembrar os tempos né? salvem a tecnologia!
gros bisou!
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