Morfeu se escafedeu

Já tem mais de uma semana que quase não durmo. Minhas noites de sono resumem-se a, atualmente, umas 4 horas, 5 no máximo. Algo cozinha na minha caixola e me impede de pregar o olho e vagar por entre meus sonhos. Aliás, os poucos sonhos que tenho são relacionados a trabalho, muito sintomático, eu sei. Meu pequeno hooligan também não tem ajudado. Nestes últimos dias, ele toca a banda dele a partir das 5:45. Então, no final de semana quando, em princípio estaria mais calma, mais tranqüila, fui botada pra fora da cama na marra.

Engraçado como o corpo ainda não despencou, mesmo depois de 1 semana nesse pique meio insone. Verdade que meus olhos estão ressecados, ando meio desconcentrada e com ar cansado. Mas pirepaque ainda não tive, amém.

Mudando de sono pra decoração, esse último final de semana meu sogro chegou munido de seu repertório faz tudo em casa, que inclui furadeira, pregos, martelos, serras e outros mimos mais, e ficamos eu ele trabalhando, pendurando quadros, arrumando armários, transportando porcarias, enquanto minha sogra, a au pair e senhorio sentavam os forévis diante das respectivas telas de computador. Vale ser dito que essa coisa de wireless propiciou a multiplicação em massa de laptops lá em casa. Qualquer dias estaremos com um por cabeça, excluídas as caninas, feito esse tal de celular que eu raramente lembro-me de carregar.

Meus velhinhos partiram pra Sicília sexta passada para um giro pela ilha e, de acordo com senhorio, meu pai foi na verdade visitar suas conexões mafiosas. Só porque viemos do interiorrrrr e porque quando vamos ao Brasil ele fica impressionado com o fato de que papai passa pelas ruas feito político em época de campanha - buzinando e acenando pra todo mundo - senhorio cismou que meu progenitor tem laços com la Cosa Nostra. Sim, senhorio foi fã inveterado de Sopranos e de quando em vez ele ressuscita esse tal de laço com seu imaginário. Fora que, realmente, ele não entende como esse coisa de interior brasileiro funciona. Bem, nem muito brasileiro das capitar entende.

Ah, e carnaval ao menos colaborou pra mudar as páginas dos portais brasileiros. Fora que eu adoro ver as fotos das fantasias, aqueles exageros, as maquiagens, as plumas, os paetês, os brilhos. Sempre curti dar uma espiada em desfiles de carnaval (não fazer maratona) e sobretudo os melhores momentos. Em outras épocas, eu assistia até a apuração dos votos. Fica aqui o projeto, não sei quando, mas um dia ainda saio com o pé na avenida, finjo que decorei o samba-enredo, e vou me divertir às pampas.