Não resisti
Tentando retomar a minha vida em minhas proprias mãos e fazendo desde jà decisão de nao reclamar da falta de tempo (ao menos pelos proximos 5 minutos), fui ter noticias de velha conhecida blogal. Quando me vi aqui em casa, com a pimpolha nos altos sonos e o senhorio e o pimpolho comendo fora com o sogro vislumbrando alguns momentos livres, reneguei meu Harry Potter, e fui vasculhar seus arquivos pra saber de onde veio o ovo daquele blog.
E, nessas, por là me perdi. Fui là em 2001, ver os inicios dos seus tempos blogais, redescobri aquela coisa diferente de começo, como qualquer começo, uma certa inocência rondando a honestidade, o carinho com as palavras e com o dizer. Vi também algumas das trocas de comentàrios, querendo relembrar até mesmo um pouco de mim. Uma fase boa, tranqüila, de gente que vinha pra agregar, se conhecer, trocar, falar coisas que vinham mais do coraçao, sem muito pensar ou se cercear. Um barato.
Assim como ela, eu perdi tudo isso, seja porque a vida real nos transforma, seja porque a vida virtual nos impõe. Mas a minha perda foi um pouco mais radical, jà que resolvi apertar o delete e jogar meu blog, sem doh nem piedade, no esquecimento, e junto com ele tudo aquilo de bom (e de nem tão bom assim) pro nunca jamais outra vez. O que mais sinto desse processo foi perder as tantas emoções que vieram e se foram através dos posts e dos comentàarios. SEi que meu ato foi de auto-liberação, jà que a decepção me levou a tal, decepção comigo e com os outros, tristeza por mim e pelos outros. Ainda assim, talvez se tivesse superado aquele momento de foda-se poderia ter guardado pra mim, para o meu hoje o que de bom passou, porque teve sim muita coisa boa debaixo da ponte. Sobretudo a liberdade do falar e ouvir, honestamente, sinceramente e bonitamente.
Guardei uns poucos amigos daqueles tempos. Alguns converteram-se em mais reais porque nos conhecemos ao vivo e em cores. Outros foram conhecido ao vivo, pelo telefone, skype ou menssenger. Outros somente por email. E outros ainda ficaram somente nos comentàrios. Era uma outra vida, aqueles que perdi, assim como tantas emoções, ficarão no embaralhado da minha memoria. Os que sobreviveram às intempéries espero poder guardà-los, ainda que a vida tente me atropelar.
Bom agora que lembrei de tudo isso que se foi, farei cà um esforço para manter ao menos um minimo padrão de qualidade dessa bodega. Ainda que com falta de tempo, ainda que ràpido, que ao menos seja com carinho.
3 comments:
estamos nostálgicas, hein? Eu agradeco por você escrever, mesmo sem tempo. Beijocas!
PS.: nesse exato momento, estou indo pro hospital fazer a tentativa de girar esse menino que está novamente sentado na minha barriga. Lá vou eu, ficar roxinha, verde e amarela, como a sua conhecida (mulher do seu chefe, não?) Beijocas e torça por mim.
oba, oba, oba! local de encontro, again... :)
feliz por te ler.
beijo grandao,
Morei em Cruzeiro, sou irmão da Paula, que conhece sua mãe, mas sinceramente, não sei quem você é ou não lembro. Minha irmã me mostrou seu blog porque penso em criar o meu.
Fiquei admirado com os textos, com as histórias, o amor e respeito ao seu pai,a casa nova, o telhado, os compromissos...e um jeito diferenciado e inteligente de encarar a vida.
Prazer
Kaike
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