Saturday, June 16, 2007

Falsa denúncia
Recebi hoje uma mensagem via Skype do meu sogro muito da desaforada me acusando de negligenciar a sogra. Sim, eu recebi. Nessa mensagem fui sumariamente julgada como culpada por não tê-la deixado ver as crianças durante minha estadia aqui, também de ter eu um problema com ela e como prova do falso testemunho o fato de que eu não tenho muitas fotos dela na minha página do Flickr - hein?. Calúnia e difamação, somados a um espírito não muito harmônico resultaram na minha ira e em uma resposta nem tanto desaforada, mas lembrando algumas verdades - relacionamento é via de duas mãos- e também na minha grande chateação. Agora, depois de umas 12 horas do fato é que estou começando a aceitar que foi tudo um mal entendido - ainda que esse mal entendido demonstre a pré-disposição ao meu apedrejamento em praça pública - e rancorosa confessa que sou, ainda não me desceu - e nem vai descer tão cedo - a mensagem do padrasto em tom tirânico de delegado de polícia. Vale ressaltar que foi a ré aqui quem tomou a inciativa de dialogar diretamente com a suposta vítima e esclarecer o ocorrido. Muito puta da vida, mas fiz.

A relação entre sogra e nora é daqueles clichês rasgados e coincidentemente vi essa semana uma reportagem na Veja sobre um guia para as sogras - se eu acreditasse em sinais e presságios, já estaria procurando meu pai-de-santo. Pensei até em comprar a versão em inglês para dar de presente a ela como brincadeira. Mas, essa brincadeira vai seguramente ficar para o dia de são nunca. A sensação que estou é que estão de tocaia a esperar qualquer deslize meu para que coloquem em andamento o plano de emboscada e minha execução sumária.

Isso me lembrou de uma coisa. Perde-se a naturalidade com o cerceamento da liberdade de ser como se é, algo se perdeu nesse episódio, se foi. E eu que estava achando que as coisas voltavam gradativamente a um normal saudável. Ledo engano. Agora não sei o que será daqui pra frente. Já tive uma pá de encheção de saco, empurrar para o senhorio lidar já se sabe que não dá certo, e minha vontade é de ficar sem ver nem falar por um tempo. Mas não dá. Então, que seja como tiver que ser. Em boca fechada não entra mosquito. A melhor coisa é ficar na minha e fazer um mantra para que eu não fale o que realmente penso - a arte da inverdade, aqui venho eu. É nisso que dá tudo isso. E o pior da história é que eu não aprendi nada de nada dessa ladainha, talvez e somente é que a vida guarda dessas surpresinhas desagradáveis ao longo dela, esse inventar mal estar, essa necessidade de criar o ruim de onde não existe.

Então sigamos, adiante, porque nessas horas minha ídola é Scarlet O´hara - tomorrow is another day.

1 comment:

Maria Fabriani said...

Puxa vida, que coisa mais sem pé nem cabeça! Esse pessoal é meio maluco não, queridoca? Näo posso me queixar da minha sogra, ainda. A única coisa que ela e a minha cunhada fazem que me enerva é decidirem que eu vou herdar todos os móveis velhos que elas não querem jogar fora mas também não têm lugar pra guardar. Ainda não consegui dizer "não", mas estou quase lá. A última foi querer me dar um gaveteiro horroroso pro quarto do meu filho. Eu disse que näo "precisava", quando na verdade preciso. Em resposta, a sogra disse: "Mas esse gaveteiro foi usado pela V. (cunhada) com todos os filhos!", como se fosse tradicão, compreende? E que eu sou uma bruxa por quebrar. Mas eu disse que não precisava. Hoje vamos à Ikea comprar um gaveteiro novo lindo. Espero que ela esqueca a história. Mas a cunhada, um amor e tals, estava aqui ontem ajudando na mudanca, e DECIDIU que vai me dar uma lâmpada que fica no quarto das filhas. E disse assim: "Eu ia dar pra Cruz Vermelha, mas prefiro que vocës fiquem com ela". Ela me perguntou se eu queria? Não. E a bocó não disse nada. Acho que vou comprar uma lâmpada que vi linda, em forma de sol, e dizer que me apaixonei e que não pude deixar de ter. Acho difícil elas entenderem que quero ter coisas novas pro meu filho... será que é tão complicado? Minha problemática, claro, não chega aos pés desse seu mau-estar familiar, queridoca. Que pena que as coisas estão ruins assim e que você não pode contar com a ajuda do parceiro pra deslindar esse drama. :(