Um certo ostracismo virtual
Tem sido difícil vir aqui falar de flores, tudo por conta de uma certa falta de vontade aliada ao tempo escasso que me sobra somente nos finais de noite. Nunca vi não ter nada assim muito responsável pra fazer (como trabalhar e cuidar de casa) e estar tão ocupada quanto estou. Dar de mamar é uma obrigação do dia todo, e dar atenção ao meu já um pouco mais calmo filho é outra. No rolo vêm então fazer um pouco de exercício, cuidar de mim e atender às diversas visitas ou idas à casa da vó. Uma coisa descompromissada que aos poucos vai tomando ares de compromisso. Que eu sabia que tinha vocação pra ser madame ou aposentada eu já sabia, mas que demoraria tão pouco para que eu entrasse no esquema me assustou. E então moral da história é que podemos sempre nos supreender, até consigo mesmo.
Casa da mãe joana
Essa casa esteve assim no sábado. Feijoada, tumulto, balbúrdia, muita gente. Ainda bem que não houve pagode, já que não sou dada ao gênero musical. Acabei o dia exausta, pregada, muerta, para então ter que acordar cedo no domingo porque mocinho bradava vigorosamente "mamãe" no outro quarto - aliás a palavra mamãe foi aprimorada aqui e agora já é pronunciada como se deve, sem sotaque. E domingo foi frio, chuvoso, cinza e passou rápido, ainda bem. Caí na cama e só me dei o displante de sair dela, junto com mocinha, às dez de hoje. E é melhor eu aproveitar enquanto posso, porque brevemente, e sei que antes do que eu possa conceber, essa mamata de me levantar (friso, levantar, não acordar) às dez tem dia pra acabar. Mais exatamente o 22 de junho.
O diabo veste Prada
Estou lendo o livro, ainda não vi o filme. E concluo que tradução é a mesma coisa que filme dublado, uma coisa esquisita. Talvez eu já esteja agringolada demais da conta, mas a tradução desse livro soa tão, mas tão falsa que eu até vejo a falta de sincronia entre a boca do personagem e a voz que sai da boca dele... Estou até pensando em escrever pra editora pra explicar que algumas tiradas ali ficaram péssimas e em como a tradutora foi infeliz em suas escolhas. Um exemplo é o uso do realmente a torto e a direita. Really, do inglês, nem sempre quer dizer o realmente do português, mas a tradutora deve ser mal paga pra enfiar o tal do realmente indiscriminadamente por tudo que é canto. Em todo caso, a história mantém o seu elán e eu sigo lendo pensando em determinadas passagens como a autora escreveu determinada frase no original. Chega a ser divertido, até. Agora eu vou até o fim e no final, vou alugar o filme e assisti-lo no original e sem legenda.
4 comments:
é isso que estou estudando, e "realmente" really é muito pouco traduzido, ainda ontem eliminei (subsituí) uns 5 num conto. e é por isso que estou estudando tradução literária, porque as pessoas parecem não ter muita noção...
beijocas, aproveita o resto das férias, dani
Querida, estou com saudades das trocas de fofocas via email/skype! Por aqui estou na loucura de encaixotar, decidir o que vai e o que nao vai, e as voltas com a ida do marido pra um canto e eu e a cria pro Brasil! Nao vejo a hore de acordar as 10! Vc vai estar voltando e eu chegando ai. Beijocas e aproveite!
e eu, que ainda espero meu rebento, acordo trocentas vezes pra fazer pipi e não consigo acordar depois das oito da manhã... sonho leve, pesadelos, angústias e mudança de apartamento pra piorar tudo... Beijocas
Agora melhorei... ainda acordo muito e eventualmente me sinto cansada de dia, mas a angústia de-sa-pa-re-ce-u... Não é fantástico? :)
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