Saudade e nem tanto
Saudade dos amigos que estão longe, daqueles que conheci, com aqueles que tive alguns ou muitos momentos importantes. A vida leva-nos pra longe. Amiga, querida, tenho pensado muito em vc, mas o meu tumulto atual me impede de passar a mão no telefone e ter uma conversa de horas e tranqüila consigo. Sinto que estou em falta, ora, eu não sou assim... Misto de culpa com certa tristeza e melancolia que invade as minhas horas. Não é hora disso, eu sei. Mas essas coisas aparecem sem aviso mesmo. Ainda passo a mão no telefone, prometo-me. E a si também.

NEsses dias de semi-trabalho de casa (não vou entrar em detalhes, mas esse negocio de estar conectada a todo o reseau profissional foi a idéia mais idiota que eu jà tive) andei usando um pouquinho do meu relativo tempo oscioso para pulular de blog em blog, como nos velhos tempos. Não contando obviamente os que regularmente visito, que hoje em dia conto nos dedos de uma mão, passei por aquilo tudo feito turista voyeur, anonimamente. Não posso gabar-me de ser uma pessoa que muda de pele ou de figura 100% do tempo, tenho minhas estabilidades e algumas certas convicções, o resto eu so espero que esteja em constante evolução, ao menos eu tento. E o contraste da constatação de que algumas pessoas não mudam em nada me trouxe uma certa agonia. A verdade é que nem sei ao certo porque, não hà nada de mal em não mudar. Estranha essa minha reação. Mas a vontade que deu foi a de fechar janelinha apos janelinha, algumas poucas deram-me aquele élan de saber mais um pouco e até mesmo alegrar-me pela felicidade alheia, pelas mudanças, pelas conquistas. No entanto, não tive vontade de retomar contato. Nem sei ao certo o porque e tampouco sei explicar.

Meu canto no sossego, assim me basta. Hoje é o que me dà mais alegria. Não quero a falsa felicidade por mim nem acreditar na preocupação sincera por minhas agruras. Não fecho, no entanto, o meu circulo. Ele agora està somente um pouco mais estàvel, sem tanto tumulto e, digamos, mais sereno.

E aqui, ainda em mode encubadeira. E meu médico não vai estar na àrea esse final de semana. Vou acabar amarrando as pernas.