Wednesday, February 07, 2007

A pessoa internética
NEsses caminhos pelo mundo blogal uma constatação é certa, quem vê blog, não vê coração. E muito menos quem vê comentário tampouco vê coração. Dos meus dias de desvario blogal guardei poucas pessoas por perto e hoje tenho a devida distância para catalogar aqueles quem leio: os que gosto pelo que são, os que gosto pelo que escrevem e os que não gosto. Outrora tinha um prazer masoquista em ler quem me irritava, mas hoje acho que me abstenho com mais fervor. Talvez porque me sobre menos tempo para atividades como essa, talvez porque o desinteresse jogue mesmo os pergaminhos eletrônicos para o esquecimento. Final das contas, não importa, o que importa é que encontrei (por hora) um equilíbrio aqui: pouca gente, e quase todas eu conheço. E que assim fique. Já que eu nunca fui mesmo de multidão, me pergunto onde estava eu com a minha caixola dando trela a trocentas pessoas. Yo no se. Seguro.

Sick leave
Meu pimpolho está dodói e quebrando o coração materno. Faz dias já que está com uma febre que insiste em voltar, a garganta inflamada, e uma conjuntivite que o faz acordar em estilo pirata - olho direito fechadinho. Dói, coração de mãe é realmente uma manteiga. Passei dois dias em casa cuidando do bichinho, mas hoje tive que voltar ao trabalho na marra: meu chefe me ligou e perguntou se eu podia preparar umas nove horas dele e eu, burra, respondi que sim. Claro e óbvio que não consegui nem abrir o arquivo que ele enviou então o jeito foi eu lidar com esse meu próprio pesar e rumar à labuta. Ah, eu tenho ainda uns o quê? 15 anos de culpa pra lidar. E essa é uma das primeiras.

Maldita educação católica cheia de culpa. Eu deveria ter sido criada no judaísmo, isso sim.

As perguntas ao Sarkozy
Segunda-feira à noite ficamos eu e o respectivo assistindo a um programa chamado J'ai une question a vous poser no canal TF1 em que reuniu uns 100 reles mortais como nós para fazer perguntas ao candidato à presidência da República Nicolas Sarkozy. Muito melhor do que assistir debate político, quando o direito à palavra vira direito ao discurso político. As perguntas foram concretas e impressionou-me (muito honestamente) a preparação do senhor atual Primeiro Ministro - preparadíssimo, descreveu propostas concretas quanto ao desemprego, reforma do sistema previdenciário, crédito imobiliário, imigração e outros tantos temas controversos. Não pestanejou sob o ataque e muito menos se alterou - algo, para ele, um tanto quanto admirável, já que é conhecidamente de pavio curto. Um bravo especial meu para ele, evitou discursos populistas (tão característicos da nossa democracia tupinquim) e respondeu tudo diretamente e endereçando os pontos.

Agora estou curiosa pra ver o que a outra candidata, a Segolene Royal vai dizer. Se é que vai ter o programa dela, já que no site do programa eu não consegui achar nada...

Pois é, eu gosto dessas coisas, mas por favor, não espalhem.

2 comments:

Ma said...

Eu confesso que ainda sou masoquista, leio um monte de porcaria que me da vontade de entrar tela adentro, mas ainda leio... mas vou conseguir me livrar do vicio, quem sabe a gente nao funda um grupo de apoio pra "ex-leitores masoquistas compulsivos"? Ahahahahahah! Juju ta mandando um beijinho de melhoras pro amiguinho e pra vc tb querida! Coracao de mae sooooofre! Beijocas!

Horvallis said...

Olá Margot,
Gostei muito do teu resumo Ségo/Sarko, que é exatamente a situação!
Não assisti J'ai une question, mas ouvi parte da palestra da Ségolène, e foi ela quem fez a palestra populista usual, sem nada de concreto. Ela vai apresentar o programa amanhã. O que me deixa cheia de perplexidade é ver o número de gente apoiando ela sem mesmo saber o que ela pretende fazer...

No que respeita os blogs, segui quase o mesmo caminho que você. Eu gastava demais tempo com todos esses blogs, especialmente com o meu.
Abraços !