Sobre o email
Por conta daquelas coisas administrativas típicas de lugares onde trabalho, simplesmente se esqueceram de comunicar a àrea de tecnologia e informação da renovação e troca do meu contrato. A primeira surpresa eu tive segunda-feira, às 6:30 da manhã, à porta do prédio. Passei o crachá e uma luzinha vermelha que acende, tipo do acesso negado que com 4 graus lá fora fica ainda mais legal. Ainda bem que sei de cor e salteado o ramal do cidadão que tem a pachorra de chegar antes de mim. Ele, prestativo, veio abrir a porta.
Achei, na minha desencanação, que não tinha feito a papelada para renovar o meu crachá, mas então quando tentei fazer meu login à rede e deu acesso expirado foi que tive assim, uma suspeita do que se desenrolava. E me diga, o que a pessoa faz às 6:30 da manhã sem computador? A pessoa vai organizar aqueles quilos de papéis e necessidades administrativas pendentes, tipo folhas do seguro saúde a serem preenchidas, documentos que precisavam encontrar suas pastas e dar uma limpadinha básica na mesa, depois da sétima mudança de escritório. Não contei? Mudei, de novo. Pois agora conto com uma sala de ministro, tão grande que é. Rola fazer uma partida de ping-pong lá dentro. Vejam bem, o espaço ainda será preenchido por outras possíveis pessoas, mas enquanto não é, brinco de ser magnânima.
Lá pelas 8, depois de vasculhar cada milímetro quadrado de papel, fui procurar algum funcionário da tecnologia para resolver a minha situação. Hora e meia sem computador, sem conexão, e eu já estava em crise de abstinência - já havia neuroticamente telefonado ao 5555 inúmeras vezes. Fui lá no oitavo em busca de alma viva que pudesse me ajudar. Fora o cara do telefone, ninguém dos computadores. A pessoa chegou quando eu descia, já desiludida. Explico o que entendo ser o ocorrido, ao que ele prontamente restabelece a conexão à rede, mas ora vejam, acesso ao meu email, não. Tem que preencher o papel XPTO, pegar meia dúzia de assinaturas, enviar pra Conchinchina e esperar. E pois é, passei 3 dias lendo email no blackberry, que convenhamos, sem poder ler anexos, é uma conexão ao email um tanto fajutinha. No mais, para alguém que datilografa como se estivesse recebendo uma entidade, aquelas teclinhas sob cuidados de meus dedões chegam a ser angustiantes. Fiquei estressada e estressei um monte de gente, pedindo para mandar arquivos, para baixar arquivos, para imprimir arquivos, e, obviamente, fiz umas visitinhas de cara amarrada ao setor de teconologia. Três dias. Hoje, tive uma epifânia e lembrei-me de que sou próxima do chefe daquela bagaça e, ao sair do seu andar, cruzei com o dito cujo no corredor. Resolveu dentro de 5 minutos a parada do email.
E dessas, eu tirei algumas lições: meu blackberry é um dublê fajutíssimo de email, eu sou totalmente viciada em email, e meu fornecedor é um cara que ajeita quando eu preciso.
Agora, caixa de emai limpa, tudo organizado, minha vida pode continuar.
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