O estado de uma pessoa

Terça-feira rumei para o trabalho e na esquina de casa, sinto que está tudo embaçado. Tentei limpar o vidro do carro, liguei o limpador de para-brisa. Nada. Olhei pro vidro lateral e só então que me dei conta : tinha esquecido os óculos em casa.

Volta e meia volter para buscar o que me é crucial, derrubo 300 ml de café dentro do carro.

Abro o portão e saio com o controle na mão. Busco os óculos e volto. Vou sair, cadê a m*rda do controle? Esqueci dentro de casa. Volto, pego, saio.

Trabalho o dia todo, ficou doida como de hábito. Ao final do dia, tinha marcado de encontrar o marido dela, ou ele, que atualmente está por essas terras trabalhando naquele projetinho famoso de buraco negro e coisas simples e fáceis. Depois de um leve gato-e-rato, visto que a frente do prédio onde trabalho está em obras, do que obviamente havia me esquecido, nos encontramos. Começamos a andar rumo ao carro. Chegamos no estacionamento, a louca aqui havia se esquecido que tinha parado na rua, perto do trabalho. Tentando procurar um lugar onde por a minha cara, fizemos o caminho de volta para o carro.

Jantar foi super bacana, conheço a Má faz muito tempo e acho muito engraçado que tenha conhecido o maridex ao vivo antes de conhecê-la. Papeamos sobre física, filosofia, crianças e vida estrangeira. Comemos no L'entrecôte e ele até encarou uns profiteroles como sobremesa - eu, geralmente depois daquela esbórnia de carne e fritas, só aguento mesmo um alkazeltzer (or whatever). Dei uma carona pra ele até a Gare e rumei pra casa. Pois então, senhores, o que é o estado de uma pessoa que já havia começado o dia com o pé esquerdo. Cheguei em casa e cadê a p*rra do controle. Revirei o carro e terminei tendo que apertar a campainha para que a au-pair me abrisse o portão. Quando entro em casa e tiro as coisas do casaco, ei-lo, o controle.

Juro que nem sei o que dizer.